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a Terrível Notícia

Não adianta tentar negar, existe uma latente luta de classes neste País.  E como não haveria,  se seis bilionários detém renda equivalente a 50% dos mais pobres – cerca de 102 milhões -, como não haver se  5% da população possuem renda  equivalente aos  outros  95%?. Em números aproximados,  cerca de 11 milhões de pessoas valem – em renda – o mesmo que 193 milhões. Inaceitável esta desigualdade.

            Além do mais, estes detentores do privilégio de serem abastados não admitem que haja ascensão dos menos abastados. Não por acaso financiaram os golpes – 1964/2016 -, como, não por acaso, contam com o apoio da grande mídia, para que tudo continue como dantes.

            Esta luta, às vezes, não passa pelo campo ideológico, passa pelo índice da violência urbana. O número de assassinatos de negros e pobres por policiais que, talvez inconscientemente,  se sintam  protetores de uma classe a que não pertencem. Luta que, outras vezes, entra no campo ideológico com a participação dos movimentos populares, sindicatos  e artistas conscientes de seu papel na sociedade. Uma luta que nem sempre fica clara para alguns partidos de esquerda, que insistem em alianças com defensores das elites tupiniquins.  E por estas alianças se esquecem de suas funções e que, entre elas está, está a da politização do trabalhador, que faz parte de um dos lados desta luta de classes, luta que, por enquanto, só tem um lado vencedor, embora o lado perdedor seja muito maior. E se perde é porque ainda não recebeu a terrível notícia de que há uma grande luta de classes  neste Brasil.

Jorge Nicoli