Fanatismo
Minh'alma, de sonhar te, anda perdida, meus olhos andam
cegos de te ver! Não és sequer
razão de meu viver, pois que tu
és já toda a minha vida!
Não vejo nada assim enlouquecida...Passo no mundo, meu Amor, a ler no misterioso livro do teu ser a mesma história tantas vezes lida!
Não vejo nada assim enlouquecida...Passo no mundo, meu Amor, a ler no misterioso livro do teu ser a mesma história tantas vezes lida!
Tudo no mundo é frágil, tudo
passa...Quando me dizem isto, toda a graça duma boca divina
fala em mim! E, olhos postos em
ti, vivo de rastros: "Ah!
Podem voar mundos, morrer astros, que
tu és como Deus: princípio e fim!..."
Florbela Espanca, poetisa, bascida em Portugal em 1894
(poesia musicada por Fagner)
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