Somos iguais hoje
ao que fomos outrora
- Eu também aprecio os livros de História.
Ensinam-nos que, basicamente, somos iguais hoje ao que fomos outrora. Pode
haver diferenças insignificantes em termos de vestuário e de estilo de vida,
mas não há grande diferença no que pensamos e fazemos. No fundo, os seres
humanos não passam de veículos, ou locais de passagem, para os genes. De
geração em geração, correm dentro de nós até nos esgotarem, como cavalos de
corrida.
Os genes não pensam no bem e no mal. Não querem saber se somos felizes
ou infelizes. Para eles, não passamos de um meio para atingir um fim. Só pensam
no que é mais eficaz do seu ponto de vista.
- Apesar de tudo, não conseguimos deixar de pensar
no bem e no mal. Não é o que está a dizer?
A senhora anuiu.
- Precisamente. As pessoas «têm» de pensar nessas coisas. Mas os genes são o que controla a base da forma como vivemos. Como é natural, as contradições surgem.
Haruki Murakami,
Escritor, nascido
no Japão em 1949
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O GRUPO DE TEATRO
“SÁBIA INDECISÃO”
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6ª OFICINA DE TEATRO
na Casa da Cultura de
Lorena
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