domingo, 10 de janeiro de 2016



Existir eficazmente

Esta necessidade de estar só, de não sentir que te pedem seja o que for, que te separam de ti próprio.

Este horror a que tenham o mínimo direito sobre ti, de que te façam sentir... Esta evidente impertinência dos outros, quando esperam qualquer coisa, quando take for granted alguma coisa de ti.

         ornas-te de súbito distante, apagas-te, ficas rígido, repeles. Incapaz de dizer uma boa palavra. Pões ponto final e afastas-te.

Rancor contra aqueles que tiveste de eliminar dessa maneira e que, por piedade, por espírito de sacrifício, tens de voltar a aceitar. 
A saúde interior que dão a profissão político-moral e o contato com as massas não é diferente da que provém de qualquer ocupação, de qualquer atividade a que um homem se consagre.

Quando escreves e te entregas inteiramente à tua arte, sentes-te sereno, equilibrado, feliz. 

E se tudo for apenas saúde, existir eficazmente? Que dirás no momento da morte? 

Cesare Pavese,
1908/1950
Escritor nascido na Itália

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