Escravo de si mesmo
A suposição de que a identidade de uma pessoa transcende, em grandeza e
importância, tudo o que ela possa fazer ou produzir é um elemento indispensável
da dignidade humana.
Só os vulgares consentirão em atribuir a sua dignidade ao que fizeram;
em virtude dessa condescendência serão «escravos e prisioneiros» das suas
próprias faculdades e descobrirão, caso lhes reste algo mais que mera vaidade
estulta, que ser escravo e prisioneiro de si mesmo é tão ou mais amargo e
humilhante que ser escravo de outrem.
Hannah Arendt,
Hannah Arendt,
1906/1975
Filósofa política
nascida na Alemanha
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SOPA DE CEBOLA
Boletim de Arte e
Cultura
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