Nos raros momentos em que meus olhos se encontram com os teus, sinto uma enorme vontade de te dizer muitas coisas. Sempre me contenho, não as digo, prometendo a mim mesmo, dizê-las em outro momento. Não as digo.
Na maioria das vezes, não as digo porque penso no ridículo que é o se declarar, outras por medo do não, outras tantas por medo do sim. Sim, e se tu gostardes das coisas ditas? Não quero cometer a insensatez de amar, pois amar é o ato insensato da paixão.
Vez ou outra, ,percebo um traço de egoísmo em mim. Parece que mantenho esta louca paixão para ter inspiração e escrever coisas tão lindas e sensíveis como este texto. Pode ser que tu e todos meus amigos não concordem e até o achem ridículo, mesmo assim penso ser o mais belo de todos na proporção exata desta paixão.
* (nome da música de Lupicínio Rodrigues, 1914?1974)
Jorge Nicoli
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