Sábado,
21, 19:30 h
Casa
da Cultura
Grito de Alerta é, mais uma vez, o teatro falando do teatro. A
metalinguagem, o olhar para o próprio umbigo, não um narciso admirando a sua imagem, mesmo porque não há espelho, não há claridade. É o teatro confinado num barracão tentando, a todo custo, se manter vivo,
preservando a dignidade, sua força motriz, gritando por liberdade, lutando
contra os moinhos de vento, contra seus próprios fantasmas, não se escondendo
atrás das máscaras, mas se despindo diante de si e da platéia, se apoderando de
Deus, sendo o próprio Deus, acreditando assim que não será vencido pelas trevas.
È do meio das trevas que pode se ouvir um grito de liberdade, liberdade que se
conquista quando consegue.se olhar.
E não há como falar do teatro sem
falar do ser humano, de suas paixões, seus conflitos, seus sonhos, e o Grito de Alerta fala do encontro entre a
jovem Marina e Fernando, já não tão jovem. Um encontro entre dois apaixonados
pela sua arte, pelo outro e,
principalmente, pela vida, mesmo quando ela tenta dizer que não.
Nenhum comentário:
Postar um comentário