Do Apuro do Amor
Nada disfarça o apuro do amor. Um carro em ré. Memória da água em movimento.
Beijo. Gosto particular da tua
boca. Último trem subindo ao
céu. Aguço o ouvido. Os
aparelhos que só fazem som ocupam o luga clandestino da felicidade.
Preciso me atar ao velame com as próprias mãos. Sirgar. Daqui
ao fundo do horto florestal ouço coisas que
nunca
ouvi, pássaros que gemem.
Ana Cristina César
Nasceu no Rio de
Janeiro, em (1952-
Poeta, escreveu
para revistas e jornais alternativos,
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