domingo, 10 de julho de 2016


A Consagração de Uma Atriz
 

Sobre um monólogo apresentado por Fernanda Montenegro, escrevi  algo dizendo  que só uma atriz com seu talento poderia hipnotizar a platéia com um texto, uma cadeira,  nenhuma iluminação, além de um ou dois spots.  Uma interpretação sóbria  – própria de Fernanda - de um belo texto. Naquele dia constatei o fascínio que ela exerce no público. Coisa de uma diva do teatro.

Ontem, dia 9, revi a mesma cena - em Nós e Brecht – só que, além da cadeira, havia um cabideiro, ao invés de pouca luz, todo o espaço iluminado, nenhuma música – a não ser na abertura – para emoldurar  quase 50 minutos de um texto poético-político—social, assim como Fernanda apenas uma atriz, com idade que é a metade do tempo que Fernanda tem como atriz.

Com texto, cujo objetivo é proporcionar reflexão, interpretado sem nenhum exagero dramático – como pregava Brecht –  conseguiu hipnotizar a platéia – como Fernanda -, provocando  emoção – e era Brecht –  e arrancando aplausos entusiasmados de uma platéia embevecida pelo talento de Carmen Xavier, que vive e trabalha em Lorena. Uma menina, diante de Fernanda Montenegro, repetiu o mesmo fenômeno de anos atrás.

Carmen é Fernanda?  Ainda não.  Chegará um dia a ser? Se quiser, sim, pois  talento e carisma tem em abundância.

Jorge Nicoli
Diretor do Grupo “Sábia Indecisão”

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