A Consagração de Uma
Atriz
Sobre um monólogo apresentado por Fernanda Montenegro,
escrevi algo dizendo que só uma atriz com seu talento poderia hipnotizar
a platéia com um texto, uma cadeira, nenhuma
iluminação, além de um ou dois spots. Uma
interpretação sóbria – própria de
Fernanda - de um belo texto. Naquele dia constatei o fascínio que ela exerce no
público. Coisa de uma diva do teatro.
Ontem, dia 9, revi a mesma cena - em Nós e Brecht – só que, além
da cadeira, havia um cabideiro, ao invés de pouca luz, todo o espaço iluminado,
nenhuma música – a não ser na abertura – para emoldurar quase 50 minutos de um texto poético-político—social,
assim como Fernanda apenas uma atriz, com idade que é a metade do tempo que
Fernanda tem como atriz.
Com texto, cujo objetivo é proporcionar reflexão, interpretado
sem nenhum exagero dramático – como pregava Brecht – conseguiu hipnotizar a platéia – como Fernanda
-, provocando emoção – e era Brecht – e arrancando aplausos entusiasmados de uma
platéia embevecida pelo talento de Carmen Xavier, que vive e trabalha em Lorena.
Uma menina, diante de Fernanda Montenegro, repetiu o mesmo fenômeno de anos
atrás.
Carmen é Fernanda? Ainda
não. Chegará um dia a ser? Se quiser,
sim, pois talento e carisma tem em
abundância.
Jorge Nicoli
Diretor do Grupo “Sábia Indecisão”
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SOPA DE CEBOLA
Boletim de Arte e Cultura
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