segunda-feira, 24 de outubro de 2016


Microfone, e a Fragmentação do Ator


No teatro nada é proibido ou errado, tudo é permitido, até falar de costas para a platéia, assim como usar projeções e o silêncio. Trilha sonora ao vivo ou eletronicamente, a nudez ou os figurinos luxuosos, tudo perfeitamente plausíveis e pode se escolher ser Brecht ou Stanislavski, enfim, nada de errado.  Só se conta o gosto de cada diretor por isto  ou aquilo, porém entendo que duas coisas são inconcebíveis na arte teatral, a falta de talento e o microfone.

O talento, no nível profissional, mas o microfone em quaisquer circunstâncias, porquanto ele fragmenta o ator, a voz separada do corpo – o teatro é voz e corpo – e tudo se perde, inclusive a figura humana do ator, que se transforma num robô cibernético. Um horror.

Fico imaginando como os atores da antiga Grécia ou dos séculos passados conseguiram viver sem conhecer este “maravilhosos”  instrumento tecnológico. E como o teatro conseguiu atravessar século e séculos distante deste “mágico” aparelho.

Jorge Nicoli
Diretor do
Grupo de Teatro “Sábia Indecisão”

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"Sábia Indecisão”
Mais Que Um Grupo de Teatro








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