Um Filme
a (re)Ver
Chocolate,
2000, com direção de Lasse Hallström, é mais um filme retratando o prazer pela
comida, um dos sete pecados capitais (gula), só que, neste caso, como
ferramenta de transformação.
Uma
cidade aprisionada em seu falso moralismo, representado - decoração e figurino-
por suas cores monocromáticas. Um vilarejo isolado, a representar a limitação
de seus habitantes, governado por um líder quase monárquico.
Porém
a chegada de uma mulher, mãe solteira, que traz cores e sabores, abala a estrutura
arcaica e padronizada da cidade. Afrontando assim o poder “monarca”.
Mulher
sem passado, tendo como referência familiar a filha e as cinzas de sua mãe,
relatada como nômade. Há no filme alguns elementos a serem observados: a
cleptomaníaca que abandona o vício após livrar-se do marido tirano, o apego a
objetos alheios - necessidade de pertencer a alguém -; o vento como um chamado
à forasteira, mudança ou quem sabe desistência da luta; um filhote de canguru,
com patas machucadas, amigo imaginário da filha, mostra a relação com a mãe, de
forma metafórica, - o querer ser carregada - e por fim, o alimento escolhido, o
chocolate, bastante popular entre as mulheres, como símbolo do prazer e do pecado,
reforçado pelo período da quaresma evidenciado no filme.
Carmen Xavier
Atriz
do
Grupo
de Teatro
“Sábia
Indecisão”
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“Sábia Indecisão”
Muito Mais Que um Grupo de Teatro
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