segunda-feira, 31 de outubro de 2016



Não Somos Livres
 Para Deixar de Ser Livres

Realmente, só pelo fato de ser consciente das causas que inspiram minhas ações, estas causas já são objetos transcendentes para minha consciência; elas estão fora. Em vão tentaria apreendê-las.

Escapo delas pela minha própria existência. Estou condenado a existir para sempre além da minha essência, além das causas e motivos dos meus atos. Estou condenado a ser livre.

Isso quer dizer que nenhum limite para minha liberdade pode ser estabelecido exceto a própria liberdade, ou, se preferir; que nós não somos livres para deixar de ser livres.


Jean-Paul Sartre
1905 - 1980

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