quinta-feira, 3 de novembro de 2016




Bandido Bom é Bandido Morto,
Uma Tese Fascista

O Datafolha publicou uma pesquisa feita sobre a concordância ou não da população com a frase “bandido bom é bandido morto” e 57% concordam com ela.

Isto é, esta parte da população entende que matando os bandidos estaremos livres da violência urbana que assola nosso País.

 Uma tese simplista e despida de qualquer argumento razoável, mesmo porque a violência não é uma questão de opção, entre ser do bem ou ser do mal, mas conseqüência de fatores sociais e econômicos e este resultado é tão somente fruto da massificação dos chamados programas que mostram a “realidade” e que grassam pelos canais de televisão.

A professora de filosofia da USP Scarlet Marton expõe uma tese interessante que deveria ser discutida com mais amplitude. Ela diz que a violência no Brasil – mesmo o brasileiro tendo aumentado seu ganho nos últimos anos - é fruto de um ressentimento, o de não poder ter coisas valiosas e que, normalmente são ostentadas pelos mais ricos – carros importados, relógios caríssimos, jóias, roupas,  sapatos e bolsas de griffe. Este ressentimento provoca a reação dos menos favorecidos. Aliás Nietzsche fala sobre isso, com muita propriedade.

O ser humano possui em si uma estrutura de violência que é adormecida quando a sociedade o supre de suas necessidades, basta ver o os índices baixíssimos – às vezes de zero – nos países mais desenvolvidos socialmente, e ao inverso, os altos índices em países do chamado terceiro mundo.

Interessante  é que, nesta mesma pesquisa, 70% apontam que a polícia quase sempre exacerba no cumprimento de suas funções, mas a Folha preferiu dar destaque ao pensamento fascista.

Jorge Nicoli
Que concorda com nada
que cheira fascismo

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Sábia Indecisão
Muito Mais Que Um Grupo de Teatro


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