Pra que nome?
Há um grito represado na
minha garganta, como há uma lágrima presa na minha retina. Um soluço preso no
meu peito não rasga o véu do silêncio.
Meus ouvidos, antes surdos,
ouvem as canções sacras entoadas pelo coro de todos os meus demônios. Meus
dedos tateiam a escuridão dos meus olhos, enquanto o perfume das flores mortas envolve
os meus sentidos.
Um corpo dividido em partes
desiguais, pedaços disformes espalhados pelos cantos da velha casa que, um dia, abrigara minhas carnes.
Há um ar frio rondando minh´alma,
ainda intacta, como há o gosto do fel
curtido em minha boca.
Jorge Nicoli
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Sábia Indecisão
Muito Mais Que Um Grupo de Teatroo
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