segunda-feira, 28 de setembro de 2015



POESIA

A eterna companheira

Não sei quantas vezes
tentei  me livrar do versos,
exorcizar esta mania de fazer poesias.
Não sei quantas vezes
senti  o cansaço de ser poeta.
Perdi a conta
de quantas vezes disse:
parei,
já do tempo deitado em divãs
não tenho a menor idéia.

De tudo resta a certeza:
 a poesia é um vício incurável.
Um carma
uma sutil  maneira que Deus encontrou
 para eu resgatar
deslizes  de vidas passadas,
diria um espírita,
já um fundamentalista pregaria
que é o preço a pagar
por eu não acreditar.

Não sei o que diria
meu padrinho Ogum,
talvez dissesse que é o que cabe a mim,
transformar o cotidiano em versos.

Sei lá,
só sei que retorno a este vício
e mais uma vez num cego caminhar,
sem saber bem onde vou chegar.

Mas que me importa chegar?
Só me importar caminhar,
Mesmo tendo como companheira
a poesia.

Jorge Nicoli

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