VIAGEM SENTIMENTAL
PELOS NOMES DOS LIVROS
Nada de novo no front:
naqueles morros depois da chuva, o espião que veio do frio, qual dom Quixote,
sem temer a guerra e paz, com pinta de dom casmurro, se alimenta das vinhas da
ira, no fio da navalha, numa grande jornada noite adentro, feito o apanhador no
campo de centeio, em busca do castelo dos destinos cruzados, na montanha
mágica, numa estação no inferno ou a leste do éden. Ulisses, com o pé na
estrada, sua odisseia, qual homem sem o qualidades, na volta do parafuso,
apaixonado como o amante de lady chaterley, namora sua Lolita, por quem os
sinos dobram, num amor nos tempo do cólera.
No processo de
metamorfose, encarando crime e castigo, diante da cavalaria vermelha, num
meridiano de sangue, o conde de monte cristo celebra a festa do bode, pelos
sertões, na guerra do fim do mundo.
Naqueles mundos de
vazabarros, na hora dos ruminantes, feito a máquina extraviada, levando vidas secas,
onde ratos e homens vivem cem anos de solidão, pior que o velho e o mar ou o
coronel em seu labirinto.
Ana Karenina, pergunte
ao pó, se o sol também se levanta pelos irmãos karamazov para, em busca do
tempo perdido, viver a divina comédia entre o som e a fúria, enquanto agonizo
ou procuro a morte em Veneza, qual Drácula ou o homem invisível.
Doutor Fausto, a
sangue frio, do jeito de um grande gatsby, olhai os lírios do campo, incidente
em antares, ou no morro dos ventos uivantes levantado do chão, rumo ao farol,
cruzando o tempo e o vento, passando por grande sertão: veredas. Lobo da estepe
numa centopeia de neon, sob o trópico de capricórnio.
Sem quase memória, mas
sem temer a náusea ou a peste, com orgulho e preconceito, Hamlet, uma espécie
de Pedro Páramo, o cavaleiro inexistente nas cidades invisíveis, entre almas
mortas, pelo atalho dos ninhos de aranha, repete as viagens de Gulliver, sem se
importar com a vida e as opiniões do cavalheiro Tristram Shandy ou o sorriso do
lagarto. E ainda grita: viva o povo brasileiro, sargento Getúlio, neste
admirável mundo novo de 1984!
José e seus irmãos,
como o estrangeiro batendo o tambor, supera a invenção de morel, um conjunto de
ficções no jogo da amarelinha sobre folhas de relva ou o memorial do convento
do paralelo 42. Moby Dick sai em busca
de as cidades e as serras ou do deserto dos tártaros, mas encontra é a terra
desolada, no coração das trevas e promove a revolução dos bichos e liberta os
miseráveis. Mas tudo são os novelos do acaso, noves fora nada: nada de novo no
fro
Edval
Lourenço
de
Buda Revista
um site cultural
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SOPA
DE CEBOLA
compartilhando cu
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