quarta-feira, 30 de setembro de 2015


VIAGEM SENTIMENTAL
PELOS NOMES DOS LIVROS

Nada de novo no front: naqueles morros depois da chuva, o espião que veio do frio, qual dom Quixote, sem temer a guerra e paz, com pinta de dom casmurro, se alimenta das vinhas da ira, no fio da navalha, numa grande jornada noite adentro, feito o apanhador no campo de centeio, em busca do castelo dos destinos cruzados, na montanha mágica, numa estação no inferno ou a leste do éden. Ulisses, com o pé na estrada, sua odisseia, qual homem sem o qualidades, na volta do parafuso, apaixonado como o amante de lady chaterley, namora sua Lolita, por quem os sinos dobram, num amor nos tempo do cólera.
No processo de metamorfose, encarando crime e castigo, diante da cavalaria vermelha, num meridiano de sangue, o conde de monte cristo celebra a festa do bode, pelos sertões, na guerra do fim do mundo.
Naqueles mundos de vazabarros, na hora dos ruminantes, feito a máquina extraviada, levando vidas secas, onde ratos e homens vivem cem anos de solidão, pior que o velho e o mar ou o coronel em seu labirinto.
Ana Karenina, pergunte ao pó, se o sol também se levanta pelos irmãos karamazov para, em busca do tempo perdido, viver a divina comédia entre o som e a fúria, enquanto agonizo ou procuro a morte em Veneza, qual Drácula ou o homem invisível.                 
Doutor Fausto, a sangue frio, do jeito de um grande gatsby, olhai os lírios do campo, incidente em antares, ou no morro dos ventos uivantes levantado do chão, rumo ao farol, cruzando o tempo e o vento, passando por grande sertão: veredas. Lobo da estepe numa centopeia de neon, sob o trópico de capricórnio.
Sem quase memória, mas sem temer a náusea ou a peste, com orgulho e preconceito, Hamlet, uma espécie de Pedro Páramo, o cavaleiro inexistente nas cidades invisíveis, entre almas mortas, pelo atalho dos ninhos de aranha, repete as viagens de Gulliver, sem se importar com a vida e as opiniões do cavalheiro Tristram Shandy ou o sorriso do lagarto. E ainda grita: viva o povo brasileiro, sargento Getúlio, neste admirável mundo novo de 1984!                 
José e seus irmãos, como o estrangeiro batendo o tambor, supera a invenção de morel, um conjunto de ficções no jogo da amarelinha sobre folhas de relva ou o memorial do convento do paralelo 42. Moby Dick sai em busca de as cidades e as serras ou do deserto dos tártaros, mas encontra é a terra desolada, no coração das trevas e promove a revolução dos bichos e liberta os miseráveis. Mas tudo são os novelos do acaso, noves fora nada: nada de novo no fro

Edval Lourenço
de Buda Revista
um site cultural

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SOPA DE CEBOLA
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