O Samba, Pequena Introdução a Sua História
Foto da famosa casa da Tia Ciata, na Rua Visconde de Itauna, 119, no Rio
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Da Bahia ou do Rio, o Samba é a Voz do Povo
“Eu sou o samba, sou natural aqui do Rio de Janeiro”, diz Zé Ketti, em
seu antológico samba A Voz do Morro,,
mas Vinícius contesta dizendo: “pois o samba nasceu lá na Bahia”, em seu também
antológico Samba da Bênção. Afinal
quem tem razão?
Difícil dizer, pois o samba nascido na Bahia, é o samba dos terreiros,
dos negros que vieram da África, que nas pouca horas de folga se divertiam
dançando, uma dança sensual em que havia o contato, onde se tocavam as barrigas
ou os umbigos e umbigo num dialeto africano é semba, fácil se transformar em samba. A dança tinha como acompanhamento
instrumentos de percussão precários.
Com a transferência da capital para o Rio de Janeiro, vem juntos
baianos, negros e funcionários públicos e o samba baiano os acompanha, já no
final do século 19, alguns destes se reúnem na casa da Tia Ciata,- Hilária Batista de Almeida,
-, nascida em Santo Amaro, Bahia, cozinheira e Mãe de Santo, para beber pinga e
tocarem. Diz a lenda que foi o início do samba no Rio de Janeiro, só que um
samba com forte influência do maxixe, também, chamado tango brasileiro – para driblar
a polícia, que tinha proibido o maxixe por considerá-lo obsceno – , uma dança
que tem sua origem com os negros, com certa influência da polca,
Na realidade,
no Rio de Janeiro, o samba sofre uma grande mudança, se urbaniza,
principalmente por influência de músicos
com certa formação cultural e musical, assim podemos dizer que o samba que hoje
conhecemos começa a partir dos anos 20, embora se considere que o primeiro
samba gravado tenha sido Pelo Telefone,
de Donga e Mauro de Almeida, cantado por Bahuano, em 1917. Só que é um belo
maxixe.
Enfim, da
Bahia ou do Rio de Janeiro, venha de
onde vier o samba será sempre a Voz do Povo.
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SOPA DE CEBOLA
Boletim de Arte e Cultura
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