quinta-feira, 16 de junho de 2016


O Samba, Pequena Introdução a Sua História
 
Foto da famosa casa da Tia Ciata, na Rua Visconde de Itauna, 119, no Rio
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Da Bahia ou do Rio, o Samba é a Voz do Povo

“Eu sou o samba, sou natural aqui do Rio de Janeiro”, diz Zé Ketti, em seu antológico samba A Voz do Morro,, mas Vinícius contesta dizendo: “pois o samba nasceu lá na Bahia”, em seu também antológico Samba da Bênção. Afinal quem tem razão?

Difícil dizer, pois o samba nascido na Bahia, é o samba dos terreiros, dos negros que vieram da África, que nas pouca horas de folga se divertiam dançando, uma dança sensual em que havia o contato, onde se tocavam as barrigas ou os umbigos e umbigo num dialeto africano é semba, fácil se transformar em  samba. A dança tinha como acompanhamento instrumentos de percussão precários.

Com a transferência da capital para o Rio de Janeiro, vem juntos baianos, negros e funcionários públicos e o samba baiano os acompanha, já no final do século 19, alguns destes se reúnem na casa da Tia Ciata,- Hilária Batista de Almeida,  -, nascida em Santo Amaro, Bahia, cozinheira e Mãe de Santo, para beber pinga e tocarem. Diz a lenda que foi o início do samba no Rio de Janeiro, só que um samba com forte influência do maxixe, também, chamado tango brasileiro – para driblar a polícia, que tinha proibido o maxixe por considerá-lo obsceno – , uma dança que tem sua origem com os negros, com certa influência da polca,

Na realidade, no Rio de Janeiro, o samba sofre uma grande mudança, se urbaniza, principalmente por influência  de músicos com certa formação cultural e musical, assim podemos dizer que o samba que hoje conhecemos começa a partir dos anos 20, embora se considere que o primeiro samba gravado tenha sido Pelo Telefone, de Donga e Mauro de Almeida, cantado por Bahuano, em 1917. Só que é um belo maxixe.
Enfim, da Bahia ou do Rio de Janeiro,  venha de onde vier o samba será sempre a Voz do Povo.

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SOPA DE CEBOLA
Boletim de Arte e Cultura 



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