O Teatro Sem Medo
Sou um veterano militante na
arte teatral e nela já fiz de tudo, tanto como diretor quanto como ator.
Comédias, textos infantis, políticos/sociais, psicológicos, poético-musicais,
com pessoas engajadas e com diletantes, com jovens ou com os não tão jovens.
Já estive andando pelos
palcos e pelas praças, divertindo e me divertindo, levando seriedade e, às
vezes, risos, para muita gente ou para quase ninguém. Algumas alegrias uma ou
outra frustração. No fim, um saldo
positivo.
Nada do que fiz dá saudade,
apenas traz lembranças, não há arrependimento,
porém não repetiria algumas coisas feitas.
Vivi o momento histórico, o que cabia a mim, hoje vivo um outro momento,
em que o fazer teatral passou a ter significado
diferente, o da luta contra o descaso e a banalização da própria arte, e isso
demanda um teatro sem concessões, que toque profundamente a sensibilidade de
quem se dispuser a vê-lo.
Um teatro que provoque reflexões
sobre as relações humanas e o papel do homem no contexto político/social. O teatro
que dê subsídios para a discussão do atual momento porque passa o País.
Enfim um teatro que não tenha
medo de se expor, que tenha a coragem de dizer que não se calou.
Jorge Nicoli
Ator e
diretor de teatro
Reg.
no MTb N. 11.776
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SOPA DE CEBOLA
Boletim de Arte e Cultura
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