A Dor como Padrão
para a Intensidade
dos Sentidos
Normalmente,
a ausência de dor é apenas a condição física necessária para que o indivíduo
sinta o mundo; somente quando o corpo não está irritado, e devido à irritação
voltado para dentro de si mesmo, podem os sentidos do corpo funcionar
normalmente e receber o que lhes é oferecido.
A ausência
de dor geralmente só é “sentida” no breve intervalo entre a dor e a não-dor;
mas a sensação que corresponde ao conceito de felicidade do sensualista é a
libertação da dor, e não a sua ausência. A intensidade de tal sensação é
indubitável; na verdade, só a sensação da própria dor pode igualá-la.
Hannah
Arendt
1906
- 1975
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SOPA DE CEBOLA
Boletim de Arte e Cultura
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