Acreditar
Acreditar
é tomar uma promessa futura como uma certeza presente. É assumir que há uma
verdade maior, que envolve também o que há de vir, mas que exige que vivamos e
lutemos como se tudo dependesse apenas de nós.
Acreditar em alguém é sempre um ato de coragem. Um coração aberto pode ser trespassado. Mas só num coração que se mostra é que a verdade prometida pode ser semeada.
Quem nos escolhe acredita no nosso valor quando ainda nada em nós é evidente e pouco lhe mostramos para além de pequenos sinais.
E a fé que em nós depositam é como um vento que nos sopra na alma... com a força do qual podemos contar a fim de cumprirmos a nossa missão mesmo que contra outros ventos e marés.
Os que alargam os limites do mundo partem de um momento em que a fé antecede a razão. É a presença de algo maior que lhes segreda o caminho que devem seguir.
Quanto mais alto vamos, mais fundo irrompe em nós o temor e o tremor de que tudo aquilo em que acreditamos não passe de uma ilusão, de um sonho, nada mais do que imaginação.
É muito difícil acreditar contra as evidências. É duro persistir num caminho cheio de nevoeiros, noites e vazios. É angustiante enfrentar os mistérios do desconhecido sem ter mais do que uma promessa... mas quem acredita sabe que tem de ir até ao fim para que, mesmo que tudo falhe, nada tenha sido em vão. A única vitória que importa é aquela que se faz de todas as batalhas anteriores...
Sofrer muito e não se perder é sinal de uma força heróica, possível, mas duríssima.
Quem acredita entrega-se à fé. E nesse caminho nenhum inimigo o derrota. Porque mesmo que as adversidades alterem a sua rota, só se perde quem desiste da sua fé.
José Luís Nunes Martins
Filósofo nascido em Portugal, em março
de 1971
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Sábia Indecisão
Muito Mais Que Um Grupo de Teatro
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