sexta-feira, 27 de janeiro de 2017



De Indispensável Leitura

 

A Maldade como Poderoso Elemento 

do Progresso Humano



Os sentimentos fixos e de forma constante qualificados de paixões constituem, também, possantes fatores de opiniões, de crenças e, por conseguinte, de conduta.


Certas paixões contagiosas tornam-se, por esse motivo, facilmente coletivas. A sua ação é, então, irresistível. Elas precipitaram muitos povos uns contra os outros nas diversas fases da história.


As paixões podem excitar a nossa atividade, porém, alteram, as mais das vezes, a justeza das opiniões, impedindo de ver as coisas como realmente são e de compreender a sua gênese. Se nos livros de história são abundantes os erros, é porque, na maior parte dos casos, as paixões ditam a sua narrativa.


Não se citaria, penso eu, um historiador que haja relatado imparcialmente a Revolução. 
O papel das paixões é, como vemos, muito considerável nas nossas opiniões e, por conseguinte, na gênese dos acontecimentos.


Não são, infelizmente, as mais recomendáveis que têm exercido maior ação. Kant reconheceu a grande força social das piores paixões. A maldade é, no seu juízo, um poderoso elemento do progresso humano.


Parece, infelizmente, muito certo que, se os homens tivessem seguido o preceito do Evangelho “Amai-vos uns aos outros”, ao invés de obedecerem ao da Natureza, que os incita a se destruírem mutuamente, a humanidade vegetaria ainda no fundo das primitivas cavernas. 


Gustave Le Bom
1841 – 1931
Psicólogo e sociólogo.
nascido na França

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Sábia Indecisão
Muito Mais Que Um Grupo de Teatro





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