sexta-feira, 20 de janeiro de 2017


O Preço da Imagem



Não nos contentamos com a vida que temos em nós. Queremos viver na ideia dos outros, de uma vida imaginária.

Esforçamo-nos por parecer tais quais somos. Fazemos por conservar aquele ser imaginário, que não é outro senão o verdadeiro.

Se tivermos generosidade, fidelidade, apressamo-nos a não o dar a conhecer, para ligarmos as suas virtudes a esse ser. Somos valentes para adquirir a reputação de que não somos poltrões.

É um sinal da capacidade do nosso ser o de não estar satisfeito com uma coisa sem a outra, o de não renunciar nem a uma nem a outra. O homem que não vivesse para conservar a sua virtude seria infame. 


Isidore de Lautréamon
1846 – 1870
Poeta nascido no Uruguai

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Sábia Indecisão
Muito Mais Que Um Grupo de Teatro



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