quinta-feira, 13 de abril de 2017


A Realidade do Amor


Que sempre existam almas para as quais o amor seja também o contato de duas poesias, a convergência de dois devaneios.

O amor, enquanto amor, nunca termina de se exprimir e exprime-se tanto melhor quanto mais poeticamente é sonhado.

Os devaneios de duas almas solitárias preparam a magia de amar. Um realista da paixão verá aí apenas fórmulas evanescentes. Mas não é menos verdade que as grandes paixões se preparam em grandes devaneios.

Mutilamos a realidade do amor quando a separamos de toda a sua irrealidade.


Gaston Bachelard
Poeta e filósofo n
ascido em 1884, na França

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