A Realidade do Amor
Que sempre existam almas para as quais o
amor seja também o contato de duas poesias, a convergência de dois devaneios.
O amor, enquanto amor, nunca termina de se
exprimir e exprime-se tanto melhor quanto mais poeticamente é sonhado.
Os devaneios de duas almas solitárias
preparam a magia de amar. Um realista da paixão verá aí apenas fórmulas
evanescentes. Mas não é menos verdade que as grandes paixões se preparam em
grandes devaneios.
Mutilamos a realidade do amor quando a
separamos de toda a sua irrealidade.
Gaston Bachelard
Poeta e filósofo n
ascido
em 1884, na França
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