sexta-feira, 20 de maio de 2016


Discutir o aborto é essencial

A questão do aborto é muito séria, não dá para simplificar a discussão entre o  ser a favor ou o ser contra, como não dá para tratá-la como se fosse  catecismo. Discutir o aborto à luz da religião é impedir de se olhar o problema e ver como realmente ele é. É grave, pois, independente da sua aprovação ou não.  ele continua  acontecendo, menina e jovens continuam abortando ou tentando,  sem nenhum acompanhamento clínico ou psicológico e, às vezes, não só se  sacrifica o feto como a mãe, mesmo porque estes abortos – proibidos que são – são feitos em clínicas clandestinas, com poucos recursos e quase nenhuma   higiene.

Se somos contra matar um feto, podemos levar na nossa consciência a morte de inúmeras  mulheres, vítimas dos açougues clandestinos.

Esta discussão tem que ser ampla, principalmente,  envolvendo as mulheres, as verdadeiras interessadas no assunto,  mais os médicos e os  psicólogos, sem a participação de qualquer igreja, porquanto a discussão não pode e nem deve ser = moral ou religiosa. Aborto é uma questão de saúde pública.

Antes de tudo, digo que como existencialista, sou contra o aborto, a não ser em caso de graves deficiências  congênitas, em que – comprovadamente – o bebê teria  existência vegetativa, porém, sou a favor de que a mulher  decida o  seu destino, de ser ou não mãe.

Jorge Nicoli
Pai de 4 filhos

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