segunda-feira, 30 de maio de 2016

Estupro ou linchamento?

O estuprador, via de regra, é, psicologicamente, doente, se excita e tem orgasmos, através da subjugação da parceira. Goza exercendo o poder. -   gozo que também é de homens com altos cargos, ou apenas de repressão - .

O poder como afrodisíaco.
Voltando ao estupro carnal. Existe algo de excitante nos gritos, na luta das vítimas, que o mais homem, mais potente. É um doente incurável, preso, vai ser seviciado na prisão  - a ética dos presídios – e liberto, continuará a praticar os crimes.

Aqui no Brasil se perde tempo discutindo uma lei fascista, a da prisão de menores, quando deveríamos discutir, sobre a prisão manicomial – existente no País adorado pela classe média, os EUA -, em que os estupradores, pedófilos e assassinos em série seriam presos depois de avaliação psicológica feita por uma junta de especialistas.

Enquanto não discutimos isso, queo falar sobre o estupro da menina de 16 anos, por 30 homens, se acredito no desequilíbrio  mental do estuprador, talvez nem  Freud consiga explicar a brutalidade sexual deste estupro. Todos doentes? Talvez. Todos estupradores em potencial? Não creio. Como explicar então tal barbárie? Drogas, álcool? Sei lá se todos estavam drogados ou bêbados.

Não havia reação da vítima, parece que a drogaram e, depois de um certo tempo, era uma morta viva, com sangue e esperma escorrendo pela vagina. Que prazer isto pode proporcionar? Ou seriam todos necrófilos?  Só o inconsciente coletivo poderia explicar esta reunião de bárbaros.

Apenas perversos? Se reuniram para fazer uma pequena perversidade? Improvável.

Fica a sensação de um linchamento moral. Lincharam um gênero, o feminino. Fizeram justiça contra a ousadia das mulheres, contra o orgulho feminista. Quiseram, com o estupro coletivo, mostrar a real posição das mulheres, a da submissão e, de preferência, debaixo do homem.

Talvez seja apenas uma divagação de um psicólogo mais do que amador, mas quem sabe, seja um início  para discutir sobre esta violência que ultrapassa qualquer limite  da tolerância.


Jorge Nicoli

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