Estupro ou linchamento?
O estuprador, via de regra, é, psicologicamente, doente, se
excita e tem orgasmos, através da subjugação da parceira. Goza exercendo o
poder. - gozo que também é de homens com altos cargos,
ou apenas de repressão - .
O poder como afrodisíaco.
Voltando ao
estupro carnal. Existe algo de excitante nos gritos, na luta das vítimas, que o
mais homem, mais potente. É um doente incurável, preso, vai ser seviciado na
prisão - a ética dos presídios – e
liberto, continuará a praticar os crimes.
Aqui no Brasil se perde tempo discutindo uma lei fascista, a
da prisão de menores, quando deveríamos discutir, sobre a prisão manicomial –
existente no País adorado pela classe média, os EUA -, em que os estupradores,
pedófilos e assassinos em série seriam presos depois de avaliação psicológica
feita por uma junta de especialistas.
Enquanto não discutimos isso, queo falar sobre o estupro da
menina de 16 anos, por 30 homens, se acredito no desequilíbrio mental do estuprador, talvez nem Freud consiga explicar a brutalidade sexual deste
estupro. Todos doentes? Talvez. Todos estupradores em potencial? Não creio.
Como explicar então tal barbárie? Drogas, álcool? Sei lá se todos estavam
drogados ou bêbados.
Não havia reação da vítima, parece que a drogaram e, depois
de um certo tempo, era uma morta viva, com sangue e esperma escorrendo pela
vagina. Que prazer isto pode proporcionar? Ou seriam todos necrófilos? Só o inconsciente coletivo poderia explicar
esta reunião de bárbaros.
Apenas perversos? Se reuniram para fazer uma pequena
perversidade? Improvável.
Fica a sensação de um linchamento moral. Lincharam um gênero,
o feminino. Fizeram justiça contra a ousadia das mulheres, contra o orgulho
feminista. Quiseram, com o estupro coletivo, mostrar a real posição das
mulheres, a da submissão e, de preferência, debaixo do homem.
Talvez seja apenas uma divagação de um psicólogo mais do que
amador, mas quem sabe, seja um início para discutir sobre esta violência que
ultrapassa qualquer limite da tolerância.
Jorge Nicoli
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SOPA DE CEBOLA
Boletim de Arte e
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