quinta-feira, 19 de maio de 2016


O progresso contínuo do passado



Não existe matéria mais resistente nem mais substancial (o tempo). Porque a nossa duração não é apenas um instante a seguir ao outro; se fosse, nunca haveria mais nada além do presente - nenhum prolongamento do passado na atualidade, nenhuma evolução, nenhuma duração concreta.

A duração é o progresso contínuo do passado que morde o futuro e vai inchando à medida que avança.

E, como o passado cresce sem parar, não há nenhum limite à sua preservação. A memória  não é uma faculdade de arrumar recordações numa gaveta, ou de inscrevê-las num registo

 Na realidade, o passado preserva-se a si mesmo, automaticamente. Provavelmente acompanha-nos na sua totalidade a cada instante


Henri Bergson 
 1859  1941
Filósofo e diplomata, nascido na França Conhecido principalmente por Ensaios sobre os dados imediatos da consciência, Matéria e Memória, A evolução criadora e As duas fontes da moral e da religião, sua obra é de grande atualidade e tem sido estudada em diferentes disciplinas cinema, literatura, neuropsicologia,
bioética, entre outras.

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SARAU DE MAIO
Dia 25, quarta feira
19:30 h
Casa da Cultura


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