O progresso contínuo do passado
Não existe
matéria mais resistente nem mais substancial (o tempo). Porque a nossa duração
não é apenas um instante a seguir ao outro; se fosse, nunca haveria mais nada
além do presente - nenhum prolongamento do passado na atualidade, nenhuma
evolução, nenhuma duração concreta.
A duração
é o progresso contínuo do passado que morde o futuro e vai inchando à medida
que avança.
E, como o
passado cresce sem parar, não há nenhum limite à sua preservação. A memória não é uma faculdade de arrumar recordações
numa gaveta, ou de inscrevê-las num registo
Na realidade, o passado preserva-se a si
mesmo, automaticamente. Provavelmente acompanha-nos na sua totalidade a cada
instante
Henri Bergson
Filósofo e diplomata, nascido na França Conhecido principalmente
por Ensaios sobre os dados
imediatos da consciência, Matéria e Memória, A evolução criadora e As
duas fontes da moral e da religião, sua obra é de grande
atualidade e tem sido estudada em diferentes disciplinas cinema, literatura, neuropsicologia,
bioética, entre outras.
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SARAU DE MAIO
Dia 25, quarta feira
19:30 h
Casa da Cultura
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