Poesia de Um Certo Avô
Olho e vejo
Olho para o
chão
e vejo gente
perdida
caminhando
sem direção,
bandeiras em
cores, nas mãos,
repetindo um
insosso refrão.
Olho para o
céu
e vejo um Deus
perplexo
olhando para
os incertos passos
daquela gente,
a esmo caminhando..
no mesmo
instante,
olho e vejo
urubus ,em vôos
rasantes
sobrevoando o lixo
produzido por
uma gente elegante..
Sinto o
cheiro nauseabundo
tomando conta
do ar,
e vejo a
espessa sombra
cobrindo o azulado espaço.
Olho para Deus
e o vejo de olhos cerrados.
Olho para rua
e enxergo a
turba enfurecida
vociferandp
e as
palavras desconexas transbordando
por entre a
procissão dos arautos do caos.
Olho para as
ruas e vielas
e observo os
ratos desfilando
sobre as
sobras dos detritos
deixado pela gente bem vestida.a.
Ergo os
olhos e vejo
as lágrimas escorrendo
pela face de Deus,
enquanto, ao
som de um dobrado.
marchando, vai
um decadente cordão.
Jorge Nicoli
Avô da
Letícia, do Leonardo e do Gabriel
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SOPA DE CEBOLA
Boletim de Arte e Cultura
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