Quase
48 Anos Depois, a Consciência
Não há como negar, a Fase Nacional do III
FIC, em 1968, ficou marcada na história dos Festivais, tanto pela qualidade das
vencedoras, como pela enorme vaia destinada aos jurados.
Aqueles jovens, mais de 10 mil
acotovelados no Maracanãzinho, queriama canção de Vandré (Caminhado) como
vencedora. Era uma época de revolta contra o Sistema, aqui e na Europa. Um ano
de grandes protestos estudantis contra a ditadura militar e que Vandré
transformou em melodia.
“Quem sabe faz a hora”, era o que pensavam
aqueles jovens, então era inevitável os
apupos, porém os jurados (corajosamente) optaram pela melhor canção.
Sabíá, de Tom e Chico, é muito mais música que o protesto de Vandré, tanto
melodicamente quanto na harmonia, ainda
contando com os belos versos de Chico.
Hoje, quase 48 anos depois, podemos dizer,
sem a emoção da época, que, inclusive, Andança é melhor do que Caminhando, esta
composta em cima de dois acordes e com uma letra simples e direta.
Por favor, antes que me crucifiquem como
reacionário, a canção do Vandré tem um
enorme valor, até pela simplicidade, apenas, hoje mais maduro, tento consciência
do comportamento do júri.
Jota
Pedro
Colaborador
do Sopa de Cebola
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SOPA DE CEBOLA
Boletim de Arte e Cultura
1.
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