quarta-feira, 25 de maio de 2016



Todos os escritos possuem um sentido

Não queremos ter vergonha de escrever e não sentimos a necessidade de falar para não dizer nada. De resto, ainda que o desejássemos, não o conseguiríamos: ninguém pode conseguir isso.

Todos os escritos possuem um sentido, mesmo que esse sentido esteja muito afastado daquele que o autor tenha pensado dar-lhe. Para nós, com efeito, o escritor não é Vestal nem Ariel: está “metido no caso”, faça o que fizer, marcado, comprometido, mesmo no seu mais profundo afastamento.

Se, em certas épocas, utiliza a sua arte para forjar bugigangas de inanidade bem soante, até isso é significativo: é porque há uma crise das letras e, sem dúvida, da sociedade.

Jean-Paul Sartre
 1905  1980
Filósofo, escritor, crítico e dramaturgo, nascido em Paris, representante do existencialismo, acreditava que os intelectuais têm de desempenhar um papel ativo na sociedade.

Era um artista militante, e apoiou causas políticas de esquerda com a sua vida e a sua obra. 

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SOPA DE CEBOLA
Boletim de Arte e Cultura
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