Arrogância e brutalidade nos estupros
Uma
garota de 16 anos foi estuprada por mais de 30 homens. Um conhecido me indagou,
quando falávamos sobre o assunto, o que fazia uma menina de madrugada, numa
cidade como o Rio. Não estiquei o assunto pois percebi que poderia ouvir algo
que incriminasse a menina, pois os homens são os homens. Estimulados a
cometeram tais desatinos. Uma lógica machista: o uso de mini saia ou de decote,
ou estar na rua à noite, são claros sinais de que se quer ser estuprada. Uma lógica estúpida.
Parece que uma garota de 16 anos na rua de madrugada, namorando,
não é recatada e nem pura, talvez nem do lar, mas isto não dá o direito de ser
estuprada. Nem a prostituta pode ser obrigada a fazer sexo com quem não quer.
Se bem que temos um parlamentar adepto desta cultura, como temos
um “ator” que, em rede nacional, confessou um estupro cometido por ele, sob
aplausos e gargalhadas da platéia e do “apresentador”.
Um País machista em que a mulher é tão somente um objeto, um
“filé”, uma “potranca”, uma “cadelinha”.
Além de toda a barbárie, me chama a atenção, a sensação de impunidade, gravaram, fotografaram e postaram na net a prova do crime. Um misto de arrogância e brutalidade que se assemelha com o que se faz com a nossa democracia.
Além de toda a barbárie, me chama a atenção, a sensação de impunidade, gravaram, fotografaram e postaram na net a prova do crime. Um misto de arrogância e brutalidade que se assemelha com o que se faz com a nossa democracia.
Jorge
Nicoli
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SOPA DE CEBOLA
Boletim de Arte e Cultura
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