Tempo
Uma ilusão. A distinção entre passado, presente e
futuro não passa de uma firme e persistente ilusão”. (Albert Einstein)
“ És um dos deuses mais lindos”, dizia
sobre o tempo, Caetano Veloso, em sua proverbial baianidade, mas definir o
tempo, definir o que é o tempo… é uma tarefa difícil, muito difícil, senão
impossível… Filósofos, físicos, matemáticos e pessoas de um modo geral e ao
longo da história têm se debruçado sobre o assunto.
Os antigos gregos acreditavam que o
tempo é como um rio que flui em direção ao futuro, no entanto o tempo é
percebido de maneira diferente por diferentes espécies de seres vivos e, mesmo
entre nós, seres humanos, a percepção não guarda identidade. lbert Einstein
mostrou de maneira inequívoca que o tempo está intimamente ligado ao espaço,
formando uma estrutura que permeia o universo, conhecida como espaço-tempo. Em
sua teoria da relatividade especial, o tempo deixa de ser um ente com fluidez
absoluta, se comportando diferentemente em cada sistema de referência,
alterando a ordenação de eventos; consequentemente, abolindo o conceito da
simultaneidade absoluta.
Não existe nenhuma proibição teórica ou
matemática para que o tempo possa fluir do futuro ou do presente para o
passado, porém na prática, tal comportamento ainda não foi verificado... O
Princípio da Incerteza do físico quântico alemão Werner Heisenberg, traz mais
“estranheza” às definições do tempo, quando afirma que não se pode determinar
de forma exata uma trajetória no tempo e no espaço, tornando todos os
acontecimentos numa mera nuvem de probabilidades.
O
assunto, por um “tempo”, fica pausado, amável leitor, mas o tempo não para… Ou
para?
José
Roberto Lopes
Físico,
nascido em São Paulo, radicado em Lorena
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