terça-feira, 14 de novembro de 2017



Tempo

Uma ilusão. A distinção entre passado, presente e futuro não passa de uma firme e persistente ilusão”. (Albert Einstein)

“          És um dos deuses mais lindos”, dizia sobre o tempo, Caetano Veloso, em sua proverbial baianidade, mas definir o tempo, definir o que é o tempo… é uma tarefa difícil, muito difícil, senão impossível… Filósofos, físicos, matemáticos e pessoas de um modo geral e ao longo da história têm se debruçado sobre o assunto.

Os antigos gregos acreditavam que o tempo é como um rio que flui em direção ao futuro, no entanto o tempo é percebido de maneira diferente por diferentes espécies de seres vivos e, mesmo entre nós, seres humanos, a percepção não guarda identidade. lbert Einstein mostrou de maneira inequívoca que o tempo está intimamente ligado ao espaço, formando uma estrutura que permeia o universo, conhecida como espaço-tempo. Em sua teoria da relatividade especial, o tempo deixa de ser um ente com fluidez absoluta, se comportando diferentemente em cada sistema de referência, alterando a ordenação de eventos; consequentemente, abolindo o conceito da simultaneidade absoluta.

Não existe nenhuma proibição teórica ou matemática para que o tempo possa fluir do futuro ou do presente para o passado, porém na prática, tal comportamento ainda não foi verificado... O Princípio da Incerteza do físico quântico alemão Werner Heisenberg, traz mais “estranheza” às definições do tempo, quando afirma que não se pode determinar de forma exata uma trajetória no tempo e no espaço, tornando todos os acontecimentos numa mera nuvem de probabilidades.
O assunto, por um “tempo”, fica pausado, amável leitor, mas o tempo não para… Ou para?

José Roberto Lopes
Físico, nascido em São Paulo, radicado em Lorena




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