A POESIA DO DIA
CANTIGA
DO MUNDO
O
vento não nasce de nada.
Também
ninguém sabe onde finda.
Cheguei
com esse vento na estrada.
E
vou muito mais longe ainda.
Eu
moro no meio da rua,
Do
rio, do mar e do mundo.
Se
a brisa passar, ela é sua.
Se
é o vento, eu mergulho no fundo.
Pra
mim não tem vento bravio
Que
venha apagar minha brasa,
Pois
é com a corrente do rio
Que
eu tranco o portão lá de casa.
Tem
gente que ouve o meu nome
Gravado
em rajada de vento
Porque
furacão e ciclone
Me
servem de cama e assento.
O
vento que faz rodopio
Desata
o cordão da sacola.
E
uso do seu assovio
A
fim de afinar a viola.
Por
isso é que eu sou vagabundo.
E
o vento que quer que eu prossiga.
Que
eu faço a cantiga do mundo
E
o vento é que canta a cantiga.
Paulo César
Pinheiro
Poeta e
compositor
Apoio Cultural
GRÁFICA COLOR 7
Sacolas e embalagens
Fone 3157 8910
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