Conceitos Polêmicos
de Judith Butler*
Não existe, para Butler, um corpo natural, pré-existente, pois todo
corpo está inscrito na cultura e é, portanto, significado pela linguagem e
pelas práticas.
Todos os corpos são, então, generificados e o gênero pode ser entendido
como a estilização do corpo a partir da materialização do sexo. O corpo é,
dessa forma, produzido pelos discursos
Seguindo a
lógica foucaultiana, Butler aponta que não é possível viver fora da norma: o gênero é limitado pelas
estruturas de poder e não há possibilidade de escolha realmente livre. Há,
porém, a possibilidade de subversão, ou seja, criação de espaços de potência e
enfrentamento.
Não sendo
possível se livrar das estruturas de poder (pois toda relação social é
constituída a partir das mesmas), é possível, ainda que de forma restrita,
interpretar a realidade de modo a burlar as expectativas de gênero.
*Judith Butler
Nascida em 1956, nos EUA
filósofa pós-estruturalista
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