A Diplomacia é um Exercício
de Grande Violência Interior
Há momentos em que
somos obrigados a conviver com pessoas de natureza tão distinta da nossa que
bastam cinco minutos de contato para percebermos que, cedo ou tarde, os diques
que sustêm a hostilidade latente acabarão por ceder e quanto mais pressão
pusermos sobre eles maior será a catástrofe.
A questão que nos
colocamos é a de saber se o ideal é passar de imediato para a fase de conflito
declarado ou aguardar diplomaticamente que, como dizem alguns entendidos nas
matérias, as coisas sigam ao seu ritmo, na vã esperança de que uma relação
franca e honesta, ainda que difícil, seja possível.
A diplomacia, sabe
quem já esteve na guerra, é um exercício de grande violência interior.
Bruno Vieira Amaral
Escritor e Cr[itico literário, nascido em Portugal em 1978
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