Todo o Grande Homem é Cético
Todo o grande
homem é, necessariamente, cético, ainda que possa não o mostrar: pelo menos se
a grandeza dele consistir em querer uma coisa grande e grandes meios para
realizá-la. A liberdade em relação a todas as convicções faz parte da sua
vontade: o que está em conformidade com o "despotismo esclarecido"
que todas as grandes paixões exercem.
Uma paixão dessa
espécie põe o intelecto ao seu serviço e tem a coragem de fazer uso até de
certos meios proibidos - dos quais se serve, mas aos quais não se submete.
A necessidade de crer, a necessidade de um sim e de um não absolutos é sinal de fraqueza, e toda a fraqueza é uma fraqueza da vontade.
A necessidade de crer, a necessidade de um sim e de um não absolutos é sinal de fraqueza, e toda a fraqueza é uma fraqueza da vontade.
O homem de fé, o
crente é, necessariamente, de uma espécie inferior; disso resulta a liberdade
de espírito, ou seja, a descrença instintiva: uma condição de grandeza.
Friedrich Nietzsche
Nascido na
Alemanha em 1844
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