sábado, 6 de janeiro de 2018



Um poeta em desconstrução

Um vazio. o corpo é tragado pelos soturnos caminhos da escuridão, a alma se desprende e se joga ao encontro das paredes invisíveis, na queda livre o corpo se debate e a alma se contorce, corpo e alma fendidos, desprendidos, separados por um bisturi cósmico manuseado por Deus, tragados pelas sombras do abismo sem fim, se tornam simples figuras de uma retórica alucinada de um alucinado poeta que se desconstrói a cada verso. nesta tresloucada desconstrução, se perde de si, e se agarra na verborragia inútil para tentar sobreviver sem corpo e sem alma.


Jorge Nicoli

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