sexta-feira, 31 de março de 2017


A Desculpa Possibilita os Deslizes

Em uma de suas canções, o excelente Paulinho Moska, diz algo, mais ou menos assim, “o perdão possibilita o aparecimento da culpa”.

Isto me leva a pensar naquele que vive a pedir desculpas por seus deslizes. Comete deslizes, pede desculpas e assim vai cometendo s erros e se escondendo atrás das desculpas. Cômodo.

O que parece ser um ato de extrema humildade, nada mais é do que uma grande hipocriisia, pois continuará a cometer deslizes, como continuará com seus eternos pedidos de desculpas que, na realidade, é tão somente uma maneira de não assumir as suas responsabilidades perante ao outro e a si mesmo.  

Jorge Nicoli

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O Homem é



O homem. Como o homem é simpático. Ainda bem. O homem é a nossa fonte de inspiração? É.

O homem é o nosso desafio? É. O homem é o nosso inimigo? É. O homem é o nosso rival estimulante? É.

O homem é o nosso igual ao mesmo tempo inteiramente diferente? É. O homem é bonito? É. O homem é engraçado? É.

O homem é um menino? É. O homem também é um pai? É. Nós brigamos com o homem? Brigamos.
Nós não podemos passar sem o homem com quem brigamos? Não. Nós somos interessantes porque o homem gosta de mulher interessante? Somos.

O homem é a pessoa com quem temos o diálogo mais importante? É. O homem é um chato? Também. Nós gostamos de ser chateadas pelo homem? Gostamos. 

Poderia continuar com esta lista interminável até meu diretor mandar parar. Mas acho que ninguém mais me mandaria parar. Pois penso que toquei num ponto nevrálgico. E, sendo um ponto nevrálgico, como o homem nos dói. E como a mulher dói no homem. 

Clarice Lispector
Que nasceu em 1920

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[i]

O aurismo, que é?

Caracteriza-se por dificuldades significativas na comunicação e na interação social, além de alterações de comportamento, expressas principalmente na repetição de movimentos, como balançar o corpo, rodar uma caneta, apegar-se a objetos ou enfileirá-los de maneira estereotipada. Todas essas alterações costumam aparecer antes mesmo dos 3 anos de idade, em sua maioria, em crianças do sexo masculino.

Para o autista, o relacionamento com outras pessoas costuma não despertar interesse. O contato visual com o outro é ausente ou pouco frequente e a fala, usada com dificuldade. 

Algumas frases podem ser constantemente repetidas e a comunicação acaba se dando, principalmente, por gestos. Por isso, evita-se o contato físico no relacionamento com o autista - já que o mundo, para ele, parece ameaçador. Insistir neste tipo de contato ou promover mudanças bruscas na rotina dessas crianças pode desencadear crises de agressividade

Para minimizar essa dificuldade de convívio social, vale criar situações de interação. 

Respeite o limite da criança autista, seja claro nos enunciados, amplie o tempo para que ele realize as atividades propostas e sempre comunique mudanças na rotina antecipadamente. A paciência para lidar com essas crianças é fundamental, já que pelo menos 50% dos autistas apresentam graus variáveis de deficiência intelectual. Alguns, ao contrário, apresentam alto desempenho e desenvolvem habilidades específicas - como ter muita facilidade para memorizar números ou deter um conhecimento muito específico sobre informática, por exemplo. Descobrir e explorar as 'eficiências' do autista é um bom caminho para o seu desenvolvimento.

()do site Nova Escola)

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[i]

Da Arrogância

Para uma certa categoria de pobres diabos, já se sabe, a arrogância revela-se muitas vezes uma ferramenta de enorme utilidade. Em Lisboa, pelo menos, é assim: uma pessoa pode ser modesta, ignorante e frágil, mas se puser um ar de superioridade ganha logo ascendente na relação com a pessoa em frente.

Joel Neto
Escritor e cronista,
nascido em Portugal, em 1974

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Eterna procura

Aqui estou eu, me agarrando às sobras de um sonho, me enrolando nas dobras de minha eterna insensatez, soçobrando nas águas das lágrimas contidas.

Aqui estou eu, a lamentar o que não perdi, porquanto não tive, a lutar contra o constante assédio dos anjos do Senhor.

Aqui estou eu, a me embrenhar pelos caminhos tortuosos da insanidade, a tentar me livrar dos espinhos da coroa do Salvador.

E aqui estou eu, a me torturar por pensamentos tolos, mesmo porque vivo me perdendo em tolices.

Aqui estou eu, a cair em delírio, a não me encontrar nos emaranhados de minha solidão.

Aqui estou eu me jogando contra os muros invisíveis de minha incapacidade de entender o óbvio.

Aqui estou eu, a ouvir o eco de minha voz perdida nos vãos subterrâneos de dentro de mim.

Aqui estou eu, fragmentado, desconstruído a catar os pedaços espalhados pela minha incompletude, cego a tocar a alma paralisada. Aqui estou eu, perdido no mundo insano criado pela eterna procura do nada.

Jorge Nicoli

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Arrogância, Apenas um escudo
           
O dicionário registra arrogância com alguns sinônimos como, altivez, presunção, impertinência, entre outros.  Mas a arrogância vai além de alguns sinônimos.

E se pode perceber este comportamento com clareza, pois o arrogante costuma não se esconder atrás de palavras tampouco de atitudes. Ele é transparente. Sem rodeios, ainda mais quando tem que  usar a argumentação, aí vem logo a frase “você  não sabe o que está falando” ou “quem é você para discutir comigo? “. Se você não sabe o que está falando ou nem sabe quem é você, então o papo se encerra.

Se ele é pego em situação um pouco incômoda, logo vem “você não sabe com quem está falando”. Claro, você não vai querer saber pois, possivelmente, ele desfiará um rosário de cargos e diplomas.

Se ele é cobrado e, por uma razão ou outra, não quer pagar, logicamente mandará o cobrador procurar seus direitos na justiça ou até na polícia.

Mas se você ficar atento poderá perceber muito mais atitudes e assim detectar um arrogante, não podemos esquecer que, às vezes, alguém possa usar uma ou outra atitude arrogante sem o ser.

Mas a maior demonstração de arrogância é quando o arrogante começa a definir o ser humano como uma invenção de Deus que não deu certo. É o momento glorioso em que ele se coloca acima dos seres humanos, um Deus, pois ele nunca diz que NÓS não demos certo, ele não se coloca entre os mortais, além do mais admite que Deus pode errar, já que inventou  um ser inútil, sem valor.

No fundo mesmo, o arrogante é um fragilizado , que não consegue lidar  com as adversidades, se sente inferior por isso desqualifica a humanidade, só assim consegue sobreviver num mundo que lhe é hostil. A arrogância é tão somente um escudo.

                                Xangô
Colaborador do sopa de Cebola

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Amanhã, Dia 1º, o

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com
O Mundo Precisa de Poesia

estará em Cachoeira, Paulista
no Sarau do Quintal,
promovido pela Júnia Botelho,
a partir da 17 horas

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1º de abrill
 e o Blog Complet Seu Segundo Ano, 
Compartilhando Inteligência

Nenhum texto alternativo automático disponível.

Nestes dois anos de existência ultrapassamos as 21000 visualizações, graças ao amigo navegante, da mesma forma que passamos das 3300 publicações, com os mais variados assuntos, que vão das prosaicas curiosidades às profundas reflexões, das coisas da arte aos  temas políticos e, assim o fazemos porque acreditamos na inteligência e na sensibilidade de quem nos acompanha.

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31 de março ou 1º de abrill
 53 anso de Imagens  Tristes
Que Alguns Querem de Volta


 
 


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31 de março
53 Anos de Tristes Lembranças

A “militarização” da seleção brasileira em 1970
(até torturador havia na delegação)

Após o fracasso da seleção brasileira na Copa de 1966, na Inglaterra, o governo militar decidiu imprimir no escrete canarinho o modelo de organização e disciplina que desejava para o Brasil.
Pressionado pelo governo e pela oposição na Confederação Brasileira de Desportos (CBD), o presidente João Havelange passou a nomear militares para postos-chave dentro da seleção. Em 1968, a preparação física passou a ser comandada por Admildo Chirol, formado na Escola de Educação Física do Exército, auxiliado por Cláudio Coutinho e Carlos Alberto Parreira, que também tinham histórico na instituição militar.

O tenente Raul Carlesso era encarregado de preparar os goleiros. Já o cargo de supervisor ficava por conta do capitão José Bonetti.

Apesar disso, João Saldanha, conhecido por suas ligações com o Partido Comunista, assumiu o comando técnico no lugar de Vicente Feola, mas não duraria até a Copa de 1970. Para o Mundial no México, o major-brigadeiro Jerônimo Bastos foi nomeado chefe da delegação, enquanto o chefe da segurança era o major Roberto Ipiranga Guaranys, que integra a lista de torturadores do regime.
Era um modo de controlar eventuais arroubos subversivos dos jogadores e também de moldar o selecionado nacional à imagem e semelhança da ditadura militar.

(de Memórias da Ditadura)

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E Por Falar em Cinema

 

Cinema militante

Designação que pode ser entendida em sentido lato ou restrito. Em sentido restrito, refere-se ao cinema político inspirado nos ideais de Maio 68 e  em sentido lato, refere-se também a uma prática de cinema que, usando do mesmo modo as técnicas do cinema direto, mais tarde se tentará afirmar defendendo outros ideais, como por exemplo os dos movimentos gay ou feministas.

Caracteriza-se por uma preocupação em se fazer sentir mais como forma de intervenção social ou política do que como forma de expressão artística, o que em geral confere aos filmes assim designados mais uma validade histórica do que estética.

Há quem porém defenda, desde as primeiras horas do movimento, que será a própria dialética histórica e social o verdadeiro motor da força estética da obra, como o próprio Jean-Luc Godard proclama numa célebre entrevista que faz a Fernando Solanas, em 1970.

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E Por Falar em Seriado


Os Pioneiros
Série de televisão americana produzida pela NBC, de 1974 até 1983.em Brasil foi ao ar pela Rede Record.

A série contava a história da   família Ingalis, o casal e seus filhos, tenta sobreviver em uma região selvagem, enfrentando animais perigosos, índios, o clima e toda sorte de perigos.  

O ano era 1870, o local, o oeste bravio dos Estados Unidos, o motivo, a colonização de terras selvagens e a conquista de um lugar entre a sociedade americana. No século 19, o governo americano estimulou a população a migrar para as terras selvagens do oeste do país.

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quinta-feira, 30 de março de 2017


Cada um Tem o Seu Conceito de Felicidade


Muita gente só é capaz de uma felicidade reduzida: o fato de a sua sensatez não poder proporcionar-lhes mais felicidade não constitui um argumento contra ela, não mais do que se deve ver um argumento contra a medicina no fato de serem algumas pessoas incuráveis e outras sempre doentias.

Que cada um possa ter a hipótese de encontrar justamente a concepção da vida que lhe permita realizar o seu máximo de felicidade: isso não impede necessariamente que a sua vida permaneça lastimável e pouco invejável. 

Friedrich Nietzsche
Filósofo, nascido na Alemanha, em 1844



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Às vezes, o Silêncio

Às vezes, a inspiração me deixa, então fico em silêncio e começo a me relacionar com ele. Percebo o quanto é gratificante, vez ou outra, se abraçar ao silêncio. Nada a falar, como nada a escrever e, assim, podendo  me recolher a mim mesmo.

Jorge Nicoli


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Uma Crônica
Conversa de Feriado
Num destes muitos feriados do Brasil me convidei  para almoçar  na casa de um amigo na cidade vizinha. Acordei cedo, como de costume, tomei banho, café e sai em direção ao ponto de ônibus. Para um feriado em meio de semana até que havia um número razoável de pessoas por ali.
Sento-me no banco entre dois senhores e por alguma razão brinquei com um deles, no que o outro, talvez pensando que eu quisesse conversar, comentou alguma coisa sobre os antigos motociclistas e suas máquinas que, segundo ele, eram maiores, tanto os homens quantos as motos. Para ele, hoje qualquer menino pode dirigir a máquina que também diminuiu.­
Respondi monossilabicamente, pois se moto não é um assunto que domine, muito menos que me interesse, mas como ele queria conversar emendou dizendo que sofria de um mal respiratório que o fazia freguês do pronto socorro da cidade, brinquei dizendo que poderia então alugar um quarto na Santa Casa, pois tornaria mais fácil, parece que era o que  esperava para continuar a  me manter no posto de interlocutor.
Falou então que se mudara de um bairro, pois sua casa tinha sido arrombada e alguns objetos foram furtados. Não detalhou quais, mas falou que todos os bandidos eram canalhas, dizendo que se pegasse um deles arrancaria todas as suas unhas. Também não me disse se com alicate ou com os dentes.
Como não fiz nenhum comentário, até porque imaginei se o fizesse poderia ouvir um arrazoado sobre a necessidade da pena de morte, mas insistente, arrematou que também fora roubado numa data, que lembrava de cor  assim como a hora exata de tal infortúnio. O roubo, sob ameaça de armas, fora efetuado por três homens sarados. Uma observação interessante, homens sarados, que já se referira aos antigos usuários das grandes motos.
Mais uma vez, com receio de ouvir a defesa da pena capital, me calei, foi quando resolveu fazer um discurso sobre o ser humano. Insensível, ingrato, intolerante, canalha, um pouco do que ele pensa de nós, inclusive pede para Deus  que aproveite a onda de terrorismo e solte uma bomba neste vale de infelicidade. Inclusive - uma raridade -, se incluiu no meio dos sacrificados. Eu solicitei a minha não inclusão. Se fosse possível, claro.
Mas parece que, como os islâmicos, estaria no Céu, pois já tinha visitado três vezes Jerusalém – foi marinheiro – e com isso diminuído substancialmente seus pecados.
 este momento chega o circular e pensei que tinha me livrado do posto de interlocutor. Ledo engano, pois na parte da frente, lugar de idosos, so sobrara um espaço, ao lado dele. Sentei-me, resignado, mas confortado com seu pedido de desculpa caso cochilasse, conseqüência do medicamento ingerido no pronto socorro.
 Não cochilou, mas se calou, até que numa parada adentrou uma senhora e ele, ao meu ouvido, disse que a mulher costumava se vestir de mendiga para pedir esmola e que já possuía três casas. Algo que eu não via problema algum, pois pedir não é crime e só dá esmola quem quer, portanto as tais casas foram adquiridas com renda comprovada. Não sei se  a Receita sabe disso.
Como não fui solidário com sua maledicência, se revoltou dizendo que parte do dinheiro arrecadado pela senhora era para sustentar o vício do filho que é dependente químico. Não comentei nada, mas pensei na possibilidade de indicá-la para chefiar um departamento de finanças da cidade ou, quem sabe, do estado, afinal pedindo esmola, ela conseguiu comprar três casas e ainda sustentar um vício caro. Um gênio das finanças.
Bem, antes de chegar ao meu destino, ainda ouvi algumas outras coisas que não prestei muita atenção, a não ser que não bebe, não fuma e   um outro vício que não entendi, mas terminou gloriosamente seu discurso falando em apocalipse, já que no cemitério alguém está retirando as dentaduras dos mortos e distribuindo para os pobres. Se, para ele, era o final dos tempos, para mim natural, já que morto não come.
 Finalmente  cheguei, me despedi  e ele me desejou um bom feriado, pedindo que Deus me acompanhasse.Não sei se Deus iria perder seu precioso tempo para me acompanhar, mas caminhei em direção à casa de meu amigo pensando na cor que se pode pintar a sua vida. *
*com licença do Pe. Mário Bonatti                                                              
Jorge Nicoli
Que, como Drummond, jamais  será agraciado com o Nobel               
Do Blog
 sta crônica chegou à final estadual do Mapa Cultural, 2013     

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Lutar com Palavras é a Luta Mais Vã



Lutar com palavras é a luta mais vã. Entanto lutamos mal rompe a manhã. São muitas, eu pouco.
Algumas, tão fortes como o javali.


Não me julgo louco. Se o fosse, teria poder de encantá-las. Mas lúcido e frio, apareço e tento apanhar algumas para meu sustento num dia de vida.

Deixam-se enlaçar, tontas à carícia e súbito fogem e não há ameaça e nem há sevícia que as traga de novo ao centro da praça. 


Carlos Drummind de Andrade
Que nunca foi agraciado com o Nobel.
Azr do Nobel

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O Poder das Palavras



A humanidade entrará no terceiro milénio sob o império das palavras. Não é verdade que a imagem esteja a suplantá-las nem que possa extingui-las.

Pelo contrário, está a potenciá-las: nunca houve no mundo tantas palavras com tanto alcance, autoridade e arbítrio como na imensa Babel da vida atual.


Palavras inventadas, maltratadas ou sacralizadas pela imprensa, pelos livros descartáveis, pelos cartazes de publicidade; faladas e cantadas pela rádio, pela televisão, pelo cinema, pelo telefone, pelos altofalantes públicos: gritadas à brocha nas paredes da rua ou sussurradas ao ouvido nas penumbras do amor. Não: o grande derrotado é o silêncio.

As coisas têm agora tantos nomes em tantas línguas que já não é fácil saber como se chamam em nenhuma. Os idiomas dispersam-se à rédea solta, misturam-se e confundem-se, desembestados rumo ao destino inelutável de uma língua global.
 

Gabriel García Marquez
Escritor e jornalista, Nobel/1982,
nascido na Colômbia em 1927

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A Palavra No Momento Certo



Uma grande parte da infelicidade no mundo tem sido causada por confusão e fracasso de se dizer a palavra certa no momento certo.


Uma palavra que não é proferida no momento certo é prejudicial, e tem sido sempre assim. Porque é que uma classe da população deveria ter medo de ser honesta com outra? De que é que têm medo?
 

Fiodor Dostoievski
Escritor, nascido na Rússia, em 1821

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A Fatalidade do Não



A palavra de que eu gosto mais é não. Chega sempre um momento na nossa vida em que é necessário dizer não.

O não é a única coisa efetivamente transformadora, que nega o status quo. Aquilo que é tende sempre a instalar-se, a beneficiar injustamente de um estatuto de autoridade.

É o momento em que é necessário dizer não. A fatalidade do não - ou a nossa própria fatalidade - é que não há nenhum não que não se converta em sim. Ele é absorvido e temos que viver mais um tempo com o sim. 

José Saramago
Escritor, Nobel/1998, 
nascido em Portugal em 1922

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E Por Falar em Seriado


Bonanza

série de TV de western exibida de 1959 até 1 1973. Colorido, tornou-se um dos maiores sucessos da televisão de todos os tempos.

O seriado narra a saga do rancheiro viúvo Ben Cartwright, um homem de propósitos, e de seus três filhos (de mães diferentes), na defesa de seu rancho Ponderosa em Nevada

Com personagens bastante humanizados, Bonanza conquistou fãs ao redor do mundo todo com suas histórias de bravura, honradez e coragem. Apesar do seu grande êxito, pelo menos no Brasil o seriado quase não foi reprisado provavelmente devido ao declínio do gênero western. O também famoso tema musical de Bonanza, foi criado por Jay Livingston e Ray Evans .


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E Por Falar em Cinema


Faroeste/Western

gênero clássico do cinema americano e o termo  western significa "ocidental" e refere-se à fronteira do Oeste americano durante a colonização.

Esta região era também chamada de far west (extremo oeste) - e é daqui que provém o termo
 Faroeste.

Ainda que os westerns tenham sido um dos gêneros cinematográficos mais populares da história do cinema e ainda tenha muitos fãs, a sua produção é praticamente residual nos tempos que correm, principalmente depois do desastre comercial do filme O portal do paraíso, de Michael Cimino, no início da década de 80, contudo, houve ainda alguns sucessos comerciais posteriores que foram, inclusive, galardoados com o Óscar de melhor filme, como Dança com Lobos, de Kevin Costner, ou Os Imperdoáveis,  de Clint Eastwood.


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quarta-feira, 29 de março de 2017


Um lugar de gente bonita


 Shopping, uma invenção americana. Um lugar de gente bonita e bem vestida, aliás, tudo ali é muito limpo e asséptico, Nenhuma bita de cigarro no chão, nenhum papel, nem uma sujeirinha que seja.

As pessoas que se acotovelam pelos corredores, quase sempre dependuradas em seus celulares, cada vez mais sofisticados e inúteis, estão bem arrumadas, com pose burguesa, mesmo que morem na periferia,, vítimas de um capitalismo cruel e desumano.

Não importa, o que conta é estar passeando pelos limpos corredores do shopping, ali se sentem ricas, longe de um mundo desigual, afinal o que não se vê por lá são mendigos nem cachorros.

Olham as vitrines, mesmo que os preços não sejam compatíveis com seus salários, mas se empanturram com sanduíches e cocas, comem comida insossa, mas o importante é estar lá. É comprar bobagens sem nenhuma utilidade. É sentir fazendo parte de um mundo irreal, um mundo de sonhos.  Ver um mundo sem mácula, sem perigo, onde todos são capitalistas. Entrar num shopping é como fazer parte de um conto de fadas, ser um príncipe ou uma princesa.

Mas este sonho acaba, hora de fechar o shopping, é hora de sair e entrar na realidade dos mendigos, dos perigos, de gente feia, de seres humanos. Uma realidade cruel que vai que ter de ser enfrentada até o próximo fim de semana.

                                 Xangô
Colaborador do Sopa de Cebola

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