sexta-feira, 31 de março de 2017


31 de março
53 Anos de Tristes Lembranças

A “militarização” da seleção brasileira em 1970
(até torturador havia na delegação)

Após o fracasso da seleção brasileira na Copa de 1966, na Inglaterra, o governo militar decidiu imprimir no escrete canarinho o modelo de organização e disciplina que desejava para o Brasil.
Pressionado pelo governo e pela oposição na Confederação Brasileira de Desportos (CBD), o presidente João Havelange passou a nomear militares para postos-chave dentro da seleção. Em 1968, a preparação física passou a ser comandada por Admildo Chirol, formado na Escola de Educação Física do Exército, auxiliado por Cláudio Coutinho e Carlos Alberto Parreira, que também tinham histórico na instituição militar.

O tenente Raul Carlesso era encarregado de preparar os goleiros. Já o cargo de supervisor ficava por conta do capitão José Bonetti.

Apesar disso, João Saldanha, conhecido por suas ligações com o Partido Comunista, assumiu o comando técnico no lugar de Vicente Feola, mas não duraria até a Copa de 1970. Para o Mundial no México, o major-brigadeiro Jerônimo Bastos foi nomeado chefe da delegação, enquanto o chefe da segurança era o major Roberto Ipiranga Guaranys, que integra a lista de torturadores do regime.
Era um modo de controlar eventuais arroubos subversivos dos jogadores e também de moldar o selecionado nacional à imagem e semelhança da ditadura militar.

(de Memórias da Ditadura)

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