Nada é definitivo
No princípio era o caos. A escuridão. Eu a dançar no meio das tempestades do meu
deserto interior, a me embriagar com versos inoportunos e a me segurar nos
tênues fios da esperança vã. Ébrio, a me abraçar à solidão, única companheira das
noites insones.
De repente, a luz se fez neste mundo caótico,
surge a luminosidade de seu sorriso e eu me despeço das coisas da solidão, me agarro
à vida. Desvencilhando dos fios invisíveis me abrigo na luz de seu riso.
Só que nada na vida é definitivo. A luz se vai,
o caos retoma seu espaço e eu, ébrio dos mesmos versos, volto aos braços da
mesma solidão.
Jorge Nicoli
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Sábia Indecisão
Muito Mais Que Um Grupo de Teatro
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