quarta-feira, 15 de março de 2017




Nada é definitivo

No princípio era o caos. A escuridão.  Eu a dançar no meio das tempestades do meu deserto interior, a me embriagar com versos inoportunos e a me segurar nos tênues fios da esperança vã. Ébrio, a me abraçar à solidão, única companheira das noites insones.

De repente, a luz se fez neste mundo caótico, surge a luminosidade de seu sorriso e eu me despeço das coisas da solidão, me agarro à vida. Desvencilhando dos fios invisíveis me abrigo na luz de seu riso.

Só que nada na vida é definitivo. A luz se vai, o caos retoma seu espaço e eu, ébrio dos mesmos versos, volto aos braços da mesma solidão.

Jorge Nicoli

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Sábia Indecisão

Muito Mais Que Um Grupo de Teatro


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