Por
que da Emoção?
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Gostp de samba, como gosto de escolas de samba. Já estive mais
ligado a elas, hoje apenas acompanho, um pouco distante. Não assisto aos
desfiles, porquanto não possuo aparelho de tv, mas sempre atento às apurações,
da mesma forma me interessando pelos sambas de enredo e pelo próprio enredo.
Tenho minhas preferências, no Rio torço para a pequena União da
Ilha e em São Paulo para a grandiosa Vai Vai e tenho minhas antipatias por
algumas escolas e por alguns enredos – os patrocinado e os que homenageiam
artistas globais.
E ontem, como de costume, me liguei na apuração do desfile do Rio e vendo minha
escola despencar, escolhi torcer para a Portela, que disputava, ponto a ponto
com a Mocidade – ambas há muito não ganhavam -, além, claro, torcendo contra um enredo de uma “global” e
uma escola , das quais não me simpatizo.
Não sei o porque da escolha – talvez condoído com o jejum de mais de 30
anos. Sei lá -, porém o inusitado foi minha emoção ao final da apuração.
Uma coisa sem explicação – ou Freud explicaria? -, porque não
tenho tanta simpatia assim pela azul e branca, mas me alegrava por um título
que não era da minha escola. Meus olhos umedeceram e minha voz embargou, num gesto
de afeto estranhíssimo
Sensibilidade à flor da pele, projeção, alguma coisa aprisionada
dentro de mim a se libertar em uma catarse?
Não sei, só sei que me emocionei com algo que nada tinha a ver comigo.
Quem sabe seja apenas uma reação humana. Então, saravá Portela.
Jorge
Nicol
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
Sábia
Indecisão
Muito Mais Que Um Grupo de Teatro
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