quinta-feira, 2 de março de 2017


Por que da Emoção?

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Gostp de samba, como gosto de escolas de samba. Já estive mais ligado a elas, hoje apenas acompanho, um pouco distante. Não assisto aos desfiles, porquanto não possuo aparelho de tv, mas sempre atento às apurações, da mesma forma me interessando pelos sambas de enredo e pelo próprio enredo.

Tenho minhas preferências, no Rio torço para a pequena União da Ilha e em São Paulo para a grandiosa Vai Vai e tenho minhas antipatias por algumas escolas e por alguns enredos – os patrocinado e os que homenageiam artistas globais.

E ontem, como de costume, me liguei na  apuração do desfile do Rio e vendo minha escola despencar, escolhi torcer para a Portela, que disputava, ponto a ponto com a Mocidade – ambas há muito não ganhavam -, além, claro,  torcendo contra um enredo de uma “global” e uma escola , das quais não me simpatizo.

Não sei o porque da escolha  – talvez condoído com o jejum de mais de 30 anos. Sei lá -, porém o inusitado foi minha emoção ao final da apuração.

Uma coisa sem explicação – ou Freud explicaria? -, porque não tenho tanta simpatia assim pela azul e branca, mas me alegrava por um título que não era da minha escola. Meus olhos umedeceram e minha voz embargou, num gesto de afeto estranhíssimo

Sensibilidade à flor da pele, projeção, alguma coisa aprisionada dentro de mim a se libertar em uma catarse?  Não sei, só sei que me emocionei com algo que nada tinha a ver comigo.

Quem sabe seja apenas uma reação humana. Então, saravá Portela.


Jorge Nicol


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Sábia Indecisão

Muito Mais Que Um Grupo de Teatro



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