segunda-feira, 15 de junho de 2015



A Poesia do Dia

O Último Poema

Assim eu quereria meu último poema
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.

Manuel Bandeira
nascido no Recife, em 19 de abril de 1886.
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Apoio Cultural
Vitória Parra
Rua São Benedito


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