A busca

Uma flor  colhida, a moeda caída das mãos do menino, o corpo jogado pelo chão. O mundo roda, a roda gira, eu a brincar com meus devaneios e a brindar a sorte na roleta russa. Pessoas, com olhares atônitos, correm para alcançar o futuro. No altar o sumo sacerdote abençoa a morte, na praça a cigana joga a sorte da menina que sonha sonhos pueris. Em passos sutis a senhora de chinelos e vestido azuis reza o terço, enquanto, embora a esmo, me apresso em ir em busca de mim mesmo.

Jorge Nicoli

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