segunda-feira, 8 de junho de 2015



Filmes de Sempre

Um clássico do
mestre Nagisa Oshima,

Ele foi banido de muitos cinemas com o carimbo de “pornográfico e imoral”, mas não mereceu tais adjetivos, pelo contrário, uma obra séria e que merece ser vista ou  revista.

Trata-se do franco- japonês “O Império dos Sentidos” dirigido por Nagisa Oshima.

A trama se desenrola nos anos 30, uma prostituta chamada Sada apaixona-se por Kichizo, proprietário de um restaurante. O casal inicia uma relação carnal interminável e intensa  na busca frenética do êxtase. Uma história forte e com cenas idem, o sexo dos atores expostos de forma explícita, nada é proibido pelo jovem casal.

Baseado num livro da escritora Yukiko Maruyama, chamado “Hajimete no Ai (Primeiro Amor)”: um fato verídico que chocou o Japão em fevereiro de 1936, quando Sada  assassinou seu amante e decepou-lhe o sexo.

Foi um período conturbado na vida dos japoneses,  jovens oficiais do Exército Imperial tentaram um golpe de estado fracassado e  a reação das autoridades foi impor a Lei Marcial. Neste contexto aconteceu o chamado “Incidente da honorável Sada”. O
diretor consegue retratar este ambiente de forma sutil e bela. O sexo do casal expressa o amor, a entrega mútua, a tentativa de estar ocupando, não apenas o corpo, mas o
espírito, a alma. Uma obra distante de obscena, uma forma poética de mostrar o amor no cinema!

Oshima foi um cineasta bastante conhecido no Ocidente e fez filmes com temas controvertidos sobre o desejo e a morte; neste Império dos Sentidos conseguiu fazer o melhor filme erótico de todos os tempos, segundo muitos críticos. Programa obrigatório.

Joel B. Ramos





Letras & Cia.

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