Filmes de Sempre
Um clássico do
mestre Nagisa Oshima,
Ele foi
banido de muitos cinemas com o carimbo de “pornográfico e imoral”, mas não
mereceu tais adjetivos, pelo contrário, uma obra séria e que merece ser vista
ou revista.
Trata-se
do franco- japonês “O Império dos Sentidos” dirigido por Nagisa Oshima.
A trama
se desenrola nos anos 30, uma prostituta chamada Sada apaixona-se por Kichizo, proprietário
de um restaurante. O casal inicia uma relação carnal interminável e intensa na busca frenética do êxtase. Uma história
forte e com cenas idem, o sexo dos atores expostos de forma explícita, nada é
proibido pelo jovem casal.
Baseado
num livro da escritora Yukiko Maruyama, chamado “Hajimete no Ai (Primeiro Amor)”:
um fato verídico que chocou o Japão em fevereiro de 1936, quando Sada assassinou seu amante e decepou-lhe o sexo.
Foi um
período conturbado na vida dos japoneses,
jovens oficiais do Exército Imperial tentaram um golpe de estado
fracassado e a reação das autoridades
foi impor a Lei Marcial. Neste contexto aconteceu o chamado “Incidente da
honorável Sada”. O
diretor consegue retratar este
ambiente de forma sutil e bela. O sexo do casal expressa o amor, a entrega
mútua, a tentativa de estar ocupando, não apenas o corpo, mas o
espírito, a alma. Uma obra
distante de obscena, uma forma poética de mostrar o amor no cinema!
Oshima foi um cineasta bastante
conhecido no Ocidente e fez filmes com temas controvertidos sobre o desejo e a
morte; neste Império dos Sentidos conseguiu fazer o melhor filme erótico de
todos os tempos, segundo muitos críticos. Programa obrigatório.
Joel B. Ramos
Letras & Cia.
a livraria da Rua
Principal
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