sexta-feira, 12 de junho de 2015




 Proibido proibir

Não me interesso muito por livros de biografias.Já dei passada de olhos em algumas. Interesse por um ou outro detalhe que serve para eu mostrar erudição.

Talvez a exceção tenha sido no Tempo de Noel, do Almirante, Fala de Noel e de coisas daquele tempo.

Bom, escrevo tudo isso para falar da decisão do Supremo que votou, unânime, contra a proibição de se publicar  biografias não autorizadas e todo os que gostam poderão ler Roberto Carlos em Detalhes, do jornalista Paulo César Araújo e a biografia do Mane Garrincha do Ruy Castro, entre outras.

Além do que deve se abrir um filão para escritores interessdos no assunto

Claro que todo o exagero será punido. Um trabalho extra para nossa morosa justiça.

Fica minha estranheza quanto ao certo pudor que toma conta de cantores e atores quando se trata de biografias não autorizadas. Vivem se expondo, com raras exceções, adoram os arquivos confidenciais.

Gostam de vender discos, serem reconhecidos, aplaudidos e, sobretudo, ricos. Graças aos fãs.

Porém não querem ver expostos detalhes de sua vida particular ou deslizes da profissional.

Para terminar evoco Caetano Veloso, defensor da tal proibição. Logo ele que compôs e defendeu na fase nacional do III FIC, em 1968, É Proibido Proibir, onde dizia “eu digo não ao não, eu digo sim, é proibido proibir”.

É proibido proibir o que? Talvez Caetano responda ou simplesmente diga: "esqueçam tudo que eu cantei"

Jorge Nicoli



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