quinta-feira, 11 de junho de 2015


Jesus e o Crucificado  

Um transexual crucificado na Parada Gay. Religiosos indignados. Blasfêmia, heresia ou deboche?

Apenas uma manifestação contra o preconceito. E a crucificação não é um privilégio de Jesus. Muita gente foi sacrificada antes Dele, com Ele e depois de sua morte o martírio continuou.

Bastava ser considerado inimigo de Roma  ou contrariar os interesses religiosos dos sacerdotes para ser crucificado.

Na realidade a cruz só ganhou força com Paulo, muito tempo depois do acontecido.

Voltando à Parada, hoje mais uma festa do que marcha de protesto.

Virou um grande desfile carnavalesco e num desfile destes cabe de tudo, até a  indignação dos religiosos.

Em 1989, o Cardeal do Rio proibiu a exibição da imagem do Redentor no desfile da Beija-Flor.

Diante de tudo isso Jesus deve estar rindo, se divertindo com as bobagens  propagadas em seu nome, ao mesmo tempo preocupado porque parece que ninguém entendeu seu discurso de humildade, de perdão, e, sobretudo, de que estaria sempre ao lado dos excluídos.

O pior, deve estar zangado, pois não vê esta indignação  quando umbandistas e mulçumanos são achincalhados   quando negros , pobres e homossexuais são agredidos e crucificados na cruz da intolerância.

Jorge Nicoli



Sopa de Cebola


Discutindo o que deve ser discutido

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