Vale a Pena re/Ler
A Riqueza de Espírito
no Estado de Doença
]
Considerando como a doença é
comum, como é tremenda a mudança espiritual que traz, como é espantoso quando
as luzes da saúde se apagam, as regiões por descobrir que se revelam, que
extensões desoladas e desertos da alma uma ligeira gripe nos faz ver, que
precipícios e relvados pontilhados de flores brilhantes uma pequena subida de
temperatura expõe, que antigos e rijos carvalhos são desenraizados em nós pela
ação da doença, como nos afundamos no poço da morte e sentimos as águas da
aniquilação fecharem-se acima da cabeça e acordamos julgando estar na presença
de anjos e harpas quando tiramos um dente, vimos à superfície na cadeira do
dentista e confundimos o seu “bocheche... bocheche” com saudação da divindade
debruçada no chão do céu para nos dar as boas-vindas - quando pensamos nisto,
como tantas vezes somos forçados a pensar, torna-se realmente estranho que a
doença não tenha arranjado um lugar, juntamente com o amor, as batalhas e o
ciúme, por entre os principais temas da literatura.
Virginia Woolf
Escritora nascida na
Inglaterra, em 1882
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Sábia
Indecisão
Muito
Mais Que Um Grupo de Teatro
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