A esterilidade do ódio
O ódio é um
sentimento negativo que nada cria e tudo esteriliza: - e, quem a ele se
abandona, bem depressa vê consumidas na inércia as forças e as faculdades que a
Natureza lhe dera para a ação.
O ódio, quando
impotente, não tendo outro objeto direto e nem outra esperança senão o seu
próprio desenvolvimento - é uma forma da ociosidade.
É uma ociosidade
sinistra, lívida, que se encolhe a um canto, na treva. Mas que esse sentimento seja secundário na
vasta obra que temos diante de nós, agora que acordamos - e não essencial, ou
supremo e tão absorvente que só ele ocupe a nossa vida, e se substitua à
própria obra.
Eça de Queirós
Eça de Queirós
que nasceu em Portugal
em 25 de novembro de 1845
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CONSERVATÓRIO
Lorena
Um Novo Espaço de Arte e Cultura
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