quarta-feira, 25 de novembro de 2015




A esterilidade do ódio

O ódio é um sentimento negativo que nada cria e tudo esteriliza: - e, quem a ele se abandona, bem depressa vê consumidas na inércia as forças e as faculdades que a Natureza lhe dera para a ação.

O ódio, quando impotente, não tendo outro objeto direto e nem outra esperança senão o seu próprio desenvolvimento - é uma forma da ociosidade.

É uma ociosidade sinistra, lívida, que se encolhe a um canto, na treva.  Mas que esse sentimento seja secundário na vasta obra que temos diante de nós, agora que acordamos - e não essencial, ou supremo e tão absorvente que só ele ocupe a nossa vida, e se substitua à própria obra.

Eça de Queirós
que nasceu em Portugal
em 25 de novembro de 1845

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CONSERVATÓRIO

Lorena

Um Novo Espaço de Arte e Cultura

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