Assim falou Torquato
“Quando eu recito ou
quando eu escrevo uma palavra , um mundo poluído explode comigo e logo os
estilhaços desse corpo arrebentado, retalhado em lascas de corte e fogo e morte
(como napalm), espalham imprevisíveis significados ao redor de mim. [...] uma
palavra é mais que uma palavra, além de uma cilada. Agora não se fala nada e
tudo é transparente em cada forma; qualquer palavra é um gesto e em sua orla os
pássaros de sempre cantam apenas uma espécie de caos no interior tenebroso da
semântica. Escrevo, leio, rasgo, toco fogo e vou ao cinema."
“O que, no fundo, é uma
brincadeira total. A moda não deve pegar (nem parece estar sendo lançada para
isso), os ídolos continuarão os mesmos – Beatles, Marilyn, Che, Sinatra. E o
verdadeiro, grande Tropicalismo estará demonstrado. Isso, o que se pretende e o
que se pergunta: como adorar Godard e Pierrot Le Fou e não aceitar
“Superbacana”? Como achar Felinni genial e não gostar de Zé do Caixão? Porque o
Mariaaschi Maeschi é mais místico do que Arigó?
O Tropicalismo pode
responder: porque somos um país assim mesmo. Porque detestamos o Tropicalismo e
nos envergonhamos dele, do nosso subdesenvolvimento, de nossa mais autêntica e
imperdoável cafonice. Com seriedade.”
Torquato Neto
que nasceu em 9 de
novembro de 1944
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CONSERVATÓRIO
Promove
Teatro
Dias 11 e 12 de
novembro
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