sexta-feira, 6 de novembro de 2015



Cinema Nacional:  
 safra muito especial  de 1965!

Vinho e filme? O que podem ter em comum? Nada ou muitas coisas? Com toda certeza, eles dois podem ter sidos produzidos em ano de boa safra.Não, não vai ser um texto de somelier, mas este pequeno preâmbulo é somente para registrar filmes brasileiros que nasceram em 1965 e com o passar do tempo tornaram-se especiais (omo os vinhos!): são de uma safra  fantástica do cinema brasileiro. Nesta lista alguns filmes (entre longas e curtas- e nos mais diversos gêneros) que foram produzidos no primeiro ano do Golpe Militar..
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A Falecida, drama; direção/roteiro de Leon Hirszman (o documentarista Eduardo Coutinho também participou do roteiro), com  Fernanda Montenegro, Paulo Gracindo..  Trama: uma costureira do subúrbio do Rio de Janeiro vive obcecada com a morte e deseja um enterro de luxo, mas para realizar tal enterro, o viúvo vai precisar fazer um empréstimo; baseado em história de Nelson Rodrigues. Ganhou vários prêmios em diversos Festivais.

A Hora e a Vez de Augusto Matraga,  -  drama, direção de Roberto Santos, com  Leonardo Villar, Jofre Soares, Trama: Augusto Matraga é um violento fazendeiro. Traído pela esposa, ele é emboscado por seus inimigos e dado como morto. Mas,  é salvo e volta-se para a religiosidade. Augusto conhece Joãozinho Bem Bem, jagunço que o faz viver um conflito interno, instigando os instintos violentos de sua personalidade. Matraga começa então a oscilar entre seu temperamento agressivo e o misticismo que não consegue mais abandonar. É baseado em "A hora e vez de Augusto Matraga", última novela de Sagarana, obra de estreia de João Guimarães Rosa. A trilha sonora é de Geraldo Vandré.

A Pedra do Tesouro, comédia;produção de Roberto Farias, com  Renato Aragão e Dedé Santana.  Trama: Didi e Dedé estão no Velho Oeste, em busca de um tesouro de enorme valor.  Descobrem que o mesmo está escondido sob uma enorme pedra. Para conseguir retirar o tesouro precisam da ajuda de outras pessoas... Este curta metragem marcou a estréia do comediante Didi no cinema.

Crime de Amor, drama; direção de Rex Endsleigh, com: Joanna Fomm, Beyla Genauer, Baseado em fatos reais: o caso da “Fera da Penha”. Trama: A enfermeira Cacilda  conhece o operário Altino  e eles iniciam um romance, mas ao descobrir que está sendo enganada, Cacilda arquiteta um plano de vingança: sequestrar e  matar Sônia, a filha de seis anos dele. Baseado em fatos reais.

Crônica da Cidade Amada, comédia; dirigido por Carlos Hugo Christensen. O roteiro foi escrito por Millôr Fernandes, Carlos Drummond de Andrade, Orígenes Lessa, Paulo Mendes Campos, Fernando Sabino, Dinah Silveira de Queiroz, Paulo Rodrigues. Elenco: Oscarito, Grande Otelo, entre outros. Feito para comemorar os 400 anos da cidade do Rio de Janeiro.
Trama: são onze situações e histórias inspiradas na vida carioca, com narração de Paulo Autran, que recita trechos de textos de cronistas brasileiros. Canções interpretadas por  Taiguara. Elenco: Oscarito, Grande Otelo..

            Grande Sertão, drama, dirigido por Geraldo Santos Pereira e Renato Santos Pereira. O roteiro é uma adaptação do romance Grande Sertão: Veredas de Guimarães Rosa. Com Maurício do Vale, Sônia Clara, entre outros. Trama: a história do jagunço Riobaldo e de sua amizade com seu companheiro Diadorim. Juntos, eles empreendem vingança contra o assassino do pai de Diadorim. Faz parte do chamado “Ciclo do Cangaço do Cinema Brasileiro”.

Joel B. Ramos
Colaborador do Sopa de Cebola

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