quarta-feira, 4 de novembro de 2015



As cinquentonas musicais

Dentro do projeto de se falar do início da segunda metade dos enigmáticos anos 60, vamos dizer de algumas canções lançadas naquele ano de 1965. Foram inúmeras mas escolhi as mais conhecidas do grande publico. Vamos às cinquentonas da Música Popular.

Acender as velas, de Zé Ketti, , canção que fez parte do Show Opinião, cantada, primeiro por Nara Leção, depois por Maria Bethânia. “Acender as velas já é profissão, quando não se tem samba tem desilusão,”.e no morro “se morre não querendo morrer”. Um belo samba que foge, até pela época, daquela trdicional visão romântica das favelas do Rio de Janeiro..

Trem das Onze, Adoniran Barbosa. Lançado no início de 1965, este samba foi ridicularizado pelos cariocas que diziam que carioca que se preza não vai pra casa às onze por causa da mãe, porém nos bailes carnavalescos – comuns naqueles anos -  o samba mais executado foi do paulista Adoniran. Gravação original com Demônios da Garoa, e tem uma belíssima interpretação de Gal Costa.

Sentimental Demais, de Jair Amorim e Evaldo Gouveia, uma dupla que emplacou inúmeros sucessos, assim como o romântico Altemar Dutra, que gravou pela primeira vez este hit que transborda paixão e romantismo. Como curiosidade, uma gravação Milionário & José Rico, com muito vibrato.. Aproveite, se é sentimental, ouça duas belas versões, uma com Simone, outra com Zizi Possi.

Carcará, de João do Vale e José Cândido. Também do Show Opinião, gravado inicialmente por Maria Bethânia,. Carcará é uma ave de rapina, usada na canção como símbolo do capitalismo. Uma letra forte, contundente melodia, comum em João do Vale. Na gravação de Maria Bethânia, ela fala de dados da migração nordestina. Há, como sempre, uma bela gravção de Zé Ramalho.

Iracem, outra bela canção de Adorinan Barbosa. Conta a lenda que Iracema era uma mulher que não quis nada com ele, por isso  compôs esta imortal canção. Na realidade, se verdade for, a letra é uma grande ironia, mesmo assim maravilhosa. Gravação de Demônios da Garoa, tem uma outra com um arranjo especial de Jards Macalé. Aproveite e procure Maria Dapaz.

Minha namorada, de Carlos Lyra e Vinícius de Moraes. Uma bossa romântica, com versos simples mas sensíveis de Vinícius, Embora com toque possessivo “de ser minha até morrer”, mas termina com um belo versom “estrela derradeira minha amiga e companheira no infinito de nós dois”. Gravada por Carlos Lyra, Os Cariocas, Sylvia Telles entre outros.

Eu preciso aprender a ser só, de Paulo Sérgio e Marcos Valle. Elis diz que foi a primeira música que ela cantou em que as pessoas prestaram atenção em sua voz, isto antes de Arrastão. Uma belíssima canção dos irmãos Valle, quase uma samba canção com  lindos versos como “que sem nós dois o que resta sou eu”. Além de Elis, há duas belas interpretações de Maysa e Maria Bethânia.

Jota Pedro
Colaborador do Sopa de Cebola


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TEATRO

Dias 11 e 12 de novembro
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