As cinquentonas musicais
Dentro
do projeto de se falar do início da segunda metade dos enigmáticos anos 60,
vamos dizer de algumas canções lançadas naquele ano de 1965. Foram inúmeras mas
escolhi as mais conhecidas do grande publico. Vamos às cinquentonas da Música
Popular.
Acender as velas, de Zé Ketti, , canção que fez parte do
Show Opinião, cantada, primeiro por Nara Leção, depois por Maria Bethânia.
“Acender as velas já é profissão, quando não se tem samba tem desilusão,”.e no
morro “se morre não querendo morrer”. Um belo samba que foge, até pela época,
daquela trdicional visão romântica das favelas do Rio de Janeiro..
Trem das Onze, Adoniran Barbosa. Lançado no início de
1965, este samba foi ridicularizado pelos cariocas que diziam que carioca que
se preza não vai pra casa às onze por causa da mãe, porém nos bailes
carnavalescos – comuns naqueles anos - o
samba mais executado foi do paulista Adoniran. Gravação original com Demônios
da Garoa, e tem uma belíssima interpretação de Gal Costa.
Sentimental Demais, de Jair Amorim e Evaldo Gouveia, uma
dupla que emplacou inúmeros sucessos, assim como o romântico Altemar Dutra, que
gravou pela primeira vez este hit que transborda paixão e romantismo. Como
curiosidade, uma gravação Milionário & José Rico, com muito vibrato..
Aproveite, se é sentimental, ouça duas belas versões, uma com Simone, outra com
Zizi Possi.
Carcará, de João do Vale e José Cândido. Também do Show Opinião,
gravado inicialmente por Maria Bethânia,. Carcará é uma ave de rapina, usada na
canção como símbolo do capitalismo. Uma letra forte, contundente melodia, comum
em João do Vale. Na gravação de Maria Bethânia, ela fala de dados da migração
nordestina. Há, como sempre, uma bela gravção de Zé Ramalho.
Iracem, outra bela canção de Adorinan Barbosa. Conta a lenda que
Iracema era uma mulher que não quis nada com ele, por isso compôs esta imortal canção. Na realidade, se
verdade for, a letra é uma grande ironia, mesmo assim maravilhosa. Gravação de
Demônios da Garoa, tem uma outra com um arranjo especial de Jards Macalé. Aproveite
e procure Maria Dapaz.
Minha namorada, de Carlos Lyra e Vinícius de Moraes. Uma
bossa romântica, com versos simples mas sensíveis de Vinícius, Embora com toque
possessivo “de ser minha até morrer”, mas termina com um belo versom “estrela
derradeira minha amiga e companheira no infinito de nós dois”. Gravada por
Carlos Lyra, Os Cariocas, Sylvia Telles entre outros.
Eu preciso aprender a ser só, de Paulo Sérgio e Marcos Valle. Elis diz
que foi a primeira música que ela cantou em que as pessoas prestaram atenção em
sua voz, isto antes de Arrastão. Uma belíssima canção dos irmãos Valle, quase
uma samba canção com lindos versos como
“que sem nós dois o que resta sou eu”. Além de Elis, há duas belas
interpretações de Maysa e Maria Bethânia.
Jota
Pedro
Colaborador
do Sopa de Cebola
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TEATRO
Dias 11 e 12 de novembro
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Lorena
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